quinta-feira, 31 de maio de 2012

CAMPEONATO BRASILEIRO DE JUDÔ – REGIÃO III


07, E 08 DE JULHO DE 2012
Local: Ginásio Poliesportivo Fábio Botelho Notini–Avenida Getúlio Vargas, 930, Centro, Divinopolis.

      A LIGA NACIONAL DE JUDÔ - BRASIL através da LIGA MINEIRA DE JUDÔ, tem a honra de convidar as Ligas Estaduais de judô a participarem do CAMPEONATO BRASILEIRO DE JUDÔ REGIÃO III, obedecendo estritamente ao que determina o REGULAMENTO GERAL DA LNJ-BRASIL.

1.    INSCRICÕES:
·      Confirmação até o dia 22 de Junho de 2012, data limite para confirmação do número de atletas, técnicos e dirigentes através do e-mail: galileupaolo@yahoo.com.br,como pré-inscrição.

·      Inscrição Definitiva até o dia 4 de julho de 2012: Data limite para a inscrição dos atletas contendo OBRIGATORIAMENTE o nome completo, o gênero, o número do documento de identificação, a data de nascimento, a classe, o peso, a categoria e a graduação de cada atleta, bem como, o nome completo, o número do documento de identificação, do árbitro, dos técnicos e do presidente da Liga Estadual ou do seu representante legal. (FICHA DE INSCRIÇÃO EM ANEXO). Confirmação por e-mail já citado.

·      A confirmação e as inscrições só poderão ser feitas pelo e-mail.
Cada Liga poderá inscrever quantos atletas julgar necessário. Os atletas deverão providenciar também o Termo de Autorização e Responsabilidade do pai ou responsável pelo menor e o Atestado Médico para todos( individual ou coletivo), conforme modelos ANEXOS no Regulamento Geral da LNJ-BRASIL, disponível no site: 
http://www.lnj.org.br/ , na parte de “DOCUMENTOS”, sem os quais será vetada a participação do atleta.

2.    TAXAS PARA A INSCRICÃO :

 PAGAMENTO: O valor já estipulado em assembleia da LNJ deverá ser feito no ato do credenciamento, no dia 29 de junho, através de dinheiro em espécie ou com cheque da Liga Estadual. Não será aceito outro tipo de pagamento.

3.    CHEGADA DAS DELEGACÕES E CREDENCIAMENTO :
As delegações deverão se organizar para chegar à Divinópolis-MG, na Sexta-Feira, dia 06 de julho de 2012 e o credenciamento acontecerá a partir das 19:00 horas no local da competição.

4.    PESAGEM :

·      Pesagem livre (06 de Julho) das 18h às 19h h no local da competição.
·      Pesagem oficial (06 de Julho) das 19h às 22 h no local da competição.

* OBSERVAÇÃO: O atleta deverá apresentar obrigatoriamente o seu documento de identificação com foto ou a carteirinha de registro na sua Liga e ou comprovante de quitação das suas Taxas: COMPETIÇAO + LNJ-BRASIL, sem os quais estará impedido de participar da pesagem.

5.    CONGRESSO TÉCNICO (dia 06 de julho de 2012):
·                   Local e horário a serem definidos durante a pesagem
·                   Observação – Não haverá área técnica para instrução de atletas durante a competição. Favor informar aos responsáveis.

6ALOJAMENTO e ALIMENTACÃO:

·         Haverá alojamento gratuito, do dia 06 ao dia 07 para os Atletas, Técnicos e Árbitros excedentes das Ligas que obedecerem os prazos, devendo os mesmos trazerem colchonete, roupas de cama e banho. Local dos Alojamentos: Escolas Públicas de Divinópolis-MG.

7TRANSPORTE:

·         O transporte dos locais de alojamento para o local da competição, bem como os demais trajetos, ocorrerá por conta de cada delegação.

8. CRONOGRAMA DAS COMPETIÇÕES:

·         Sábado — 07 de julho de 2012:
A partir de 09:00hs. – Inicio da cerimônia de abertura
A partir de 09:30hs. – Sênior e Brasileirinho
A partir de 10:30hs Junior, Máster e Pré-infantil
A partir de 11:30hs – Infantil
A partir de 13:00 - Infanto Juvenil
A partir de 14:00 – Pré juvenil
A partir de 15:00 – Juvenil


- RETORNO DAS DELEGACÕES (dia 07 de julho de 2012):

·         As delegações estarão liberadas para o retorno, no dia 07 de julho de 2012 após as competições.

10 -REGULAMENTO:

·         Será utilizado nesta competição o Regulamento Geral de Eventos da LNJ-Brasil, referendado por Assembléia Geral.

11 . COMISSÕES DE APOIO:

·         Financeiro:
Profº Viviane Cordoval – Silvia Miguez
·         Coordenador Estadual de Arbitragem:
Profº Fábio Tavares
·         Coordenador de Recepção e Alojamento:
ProfªMarçal Perácio Jr

12.COMISSÃO ORGANIZADORA DA LNJ NO EVENTO:

1.    Prof. Alexandre Tozzeti - Presidente da LNJ-BRASIL.
2.    Prof. Galileu José de Paiva – Presidente de Honra da LNJ-BRASIL e Presidente da LMJ.
3.    Prof. Francisco Gomes – Presidente de Honra da LNJ-BRASIL e Presidente da LIJUERJ.
4.    Prof.Luis Pavani – Diretor de Arbitragem da LNJ-Brasil
5.    Prof°Galileu Paolo – Diretor Técnico da LNJ e da LMJ.
6.    Prof. Marçal Peracio Braga - Organizador
Av. Rio Grande do Sul 2630 - Bom Pastor

terça-feira, 22 de maio de 2012

Brasil definido para o Grand Slam do Rio 2012

Por Assessoria de Imprensa CBJ

imagem
A comissão técnica da Confederação Brasileira de Judô definiu na noite desta segunda-feira os atletas que representarão o Brasil no Grand Slam do Rio de Janeiro 2012, que acontecerá nos dias 9 e 10 de junho no Ginásio do Caio Martins, em Niterói.


Entre os judocas estão os campeões do Grand Slam do Rio Hugo Pessanha e Daniel Hernandes, além da medalhista olímpica Ketleyn Quadros.


Foram convocados Gabriela Chibana (48kg), Catiere Toledo (48kg), Nathalia Brígida (48kg), Águeda Silva (48kg), Camila Barreto (52kg), Eleudis Valentim (52kg), Raquel Silva (52kg), Milena Mendes (52kg), Ketleyn Quadros (57kg), Camila Minakawa (57kg), Flávia Gomes (57kg), Alexia Castilhos (57kg), Manoela Costa (63kg), Katherine Campos (63kg), Dione Barbosa (63kg), Mariana Barros (63kg), Bárbara Timo (70kg), Amanda Cavalcanti (70kg), Nádia Merli (70kg), Helena Romanelli (70kg), Patricia Loiola (78kg), Samantha Soares (78kg), Taliata Morais (78kg), Rafaela Nitz (+78kg), Claudirene César (+78kg), Aline Puglia (+78kg), Rochele Nunes (+78kg), Erick Takabatake (60kg), Breno Alves (60kg), Diego Santos (60kg), Daniel Moraes (60kg), Ricardo Ayres (66kg), Luiz Revite (66kg), Charles Chibana (66kg), Danilo Ferranti (66kg), Adriano Santos (73kg), Marcelo Contini (73kg), Alex Pombo (73kg), Emmauel Santos (73kg), Vitor Penalbert (81kg), Mauro Moura (81kg), Lucas Pascal (81kg), Felipe Costa (81kg), Eduardo Bettoni (90kg), Rahael Magalhães (90kg), Rubens Inocente (90kg), Henrique Silva (90kg), Bruno Altoé (100kg), Leonardo Leite (100kg), Renan Nunes (100kg), Hugo Pessanha (100kg), Daniel Hernandes (+100kg), Gabriel Santos (+100kg), Walter Santos (+100kg) e David Moura (+100kg).

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Técnicos que fazem a diferença: o “pulo do gato” do judô, com Rosicléia

Ex-judoca foi estudar para seguir fazendo o que mais gostava e acabou conseguindo a “independência” das garotas, do judô masculino, o apoio para necessidades diferentes e também consistência de resultados, o que dá credibilidade e respeito




A técnica Rosicléia Campos abraça a judoca Maria Suelen Altheman, que conhece desde que dirigiu a equipe brasileira juvenil de judô. Léo Barrilari/GazetaPress
Denise Mirás, do R7
Não foi de repente nem por acaso a primeira medalha brasileira feminina do judô em uma Olimpíada, com Ketleyn Quadros – um bronze na categoria leve (até 57 kg) de Pequim 2008. Naquele momento do 11 de agosto, a técnica Rosicléia Campos pensou – só por um instante…! – que já podia morrer. Que nada. Foram anos de trabalho para o “pulo do gato”, como diz a treinadora, do judô feminino, que deixou de ser uma extensão do masculino para ganhar postura própria. E ainda “há muito caminho pela frente”. Mas Rosicléia está satisfeita principalmente pela constância de resultados, pela técnica e consistência das atletas.
- As conquistas vêm sustentando a realidade que se tornou o judô feminino brasileiro.
Com 11 anos de idade, Rosicléia chegava à academia para aprender judô. Depois, foi atleta do Flamengo e defendeu a equipe brasileira dos 15 aos 30 anos, na categoria médio (até 66 kg). Como judoca, foi à Olimpíada de Barcelona 1992 e à de Atlanta 1996.
Atrás do que queria: continuar no judô
Depois, decidiu que seguiria no judô, como profissional – tem duas pós-graduações, em treinamento esportivo e em judô de alto rendimento – e teve chance de começar na equipe brasileira como assistente de Priscila Medeiros e Geraldo Bernardes.
- Em 2000, fui convidada para ser auxiliar-técnica na Olimpíada de Sydney. Em 2001, passei a fazer parte do grupo de técnicos da CBJ [Confederação Brasileira de Judô], dirigindo a equipe juvenil, e em 2002, a júnior. Em 2005 cheguei à equipe sênior.
Ter acompanhado judocas amadurecendo, física, técnica e psicologicamente fez diferença, sim, na opinião de Rosicléia, que teve ainda como juvenis algumas das principais atletas brasileiras de hoje, como Maria Suellen Altheman (+78 kg), Érika Miranda (-52 kg), Sarah Menezes (-48 kg e que já chegou à equipe principal com apenas 16 anos).
- Foi importante também pela credibilidade no trabalho, mas como técnico quis colocar em prática tudo o que eu gostaria de ter recebido. Claro que era outra estrutura. Hoje, para um atleta ser de alto rendimento e conseguir resultados é preciso dinheiro – o que não havia. Na Olimpíada de 1996 eu não conhecia nenhuma das minhas adversárias – hoje, elas conhecem 100% das rivais e até já treinaram e lutaram com todas elas.
Credibilidade, resultados e independência
Essa postura, diz Rosicléia, foi o que mudou o judô feminino no Brasil: não era mais extensão – tinha se separado e se tornado independente.
- Esse foi o pulo do gato: um judô voltado para as atletas. Hoje podemos aceitar cobranças, porque temos condições de igual para igual, temos oportunidade de nos aprimorar. Antes, não tínhamos resultados porque não tínhamos estrutura, não tínhamos estrutura porque não tínhamos resultado – e ficava assim.
Rosicléia recebeu apoio de Ney Wilson, coordenador técnico da CBJ, de José Roberto Perillier, hoje gerente geral de alto rendimento do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), e Jorge Bechara, do setor administrativo do COB – que “compraram a briga” pela ex-atleta de 35 anos (que agora está com 43). Dessa forma, se tornou uma técnica com visão bem abrangente – não apenas uma treinadora, no tatame, mas com conhecimento no gerenciamento do grupo e também do “entorno” das atletas, com apoio, como exemplifica, nas questões de marketing, de participação em redes sociais.
Diferente em tudo, do físico ao estilo
Além do judô feminino ser diferente, das necessidades ao estilo de luta, outro ponto importante foi “estabelecer” que também era totalmente diferente nos aspectos médico e fisiológico. As judocas agora têm a médica Tathiana Parmigiano, também ex-atleta, que segundo Rosicléia tem linguagem de fácil entendimento, que ajuda com problemas que muitas vezes as judocas nem sabem que existem. Há ainda alimentação adequada, psicóloga, e as judocas “absorveram bem que precisam ser atleticamente fortes, que não é vergonhoso ter braço forte – como na minha época de atleta”.
- A mulher é mais passional, mas também crítica, atenta, comprometida, eficaz, crítica… E nossa equipe é muito forte, bem preparada fisicamente.
Assim, a equipe brasileira feminina foi, com resultados gradativos, ganhando consistência.
- As sete medalhas do Pan 2007, a primeira medalha olímpica feminina com a Ketleyn em 2008, dois bronzes no Mundial 2010, uma prata e dois bronzes no Mundial 2011. Também ganhamos de Cuba pela primeira vez no Pan de Equipes. São conquistas que sustentam o que é o judô feminino hoje.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Rosicléia Campos: técnica que mudou o judô feminino

Pela primeira vez, delegação nacional terá representantes nas sete categorias da modalidade na Olimpíada


Amanda Romanelli 
Agência Estado




Lucio Mattos/CBJ/Divulgação 
Rafaela Silva é uma das apostas de Rosicléia Campos (direita) para Jogos Olímpicos
São Paulo - Rosicléia Cardoso Campos gosta de ippon. Isso desde os 11 anos, quando começou a cabular as aulas de catecismo para ver os meninos lutando judô, e também a partir de 2006, para enfrentar as críticas de que uma mulher - e uma mulher jovem -, não seria capaz de comandar a seleção feminina de judô. Mas a carioca de 42 anos tem provado que a busca pelo golpe perfeito não foi em vão. 

Presença marcante nos combates mundo afora, seja pelos gritos durante as lutas ou pela festa que faz na área reservada aos técnicos, Rosicléia assume o apelido dado por Ney Wilson, coordenador das seleções brasileiras: é ''judô feminino futebol clube''. 

É ela a comandante da equipe que conseguiu a melhor campanha pré-Olimpíada da história do judô feminino brasileiro - a convocação oficial ocorreu na última semana. Pela primeira vez, o Brasil classificou atletas nas sete categorias, feito igualado apenas por Japão, França e Coreia do Sul. Mas não é só isso. ''Tenho seis cabeças de chave - uma é líder do ranking mundial, uma é segunda colocada, duas são terceiras, uma é sétima e outra, oitava. Estou muito orgulhosa'', afirma a técnica. 

O orgulho é de quem conseguiu, com persistência e dedicação, enfrentar as condições adversas e, à frente da seleção, obter feitos inéditos. Rosicléia enfrentou o preconceito dentro do próprio judô. ''Quando fui para a equipe sênior, os professores de judô, homens, argumentavam por que eu tinha sido escolhida. Achavam que tinham o direito de se oferecer. Mas quando o judô feminino mudou de cara, eu estava ali. Meu sonho era ver essa equipe forte, respeitada'', conta. 

Nos últimos seis anos, o Brasil conquistou a primeira medalha olímpica (o bronze de Ketleyn Quadros, em Pequim), a primeira final em Mundial (com Mayra Aguiar, prata no Japão em 2010) e o primeiro ouro em Grand Slam (com Érika Miranda, no ano passado). No Mundial de Paris, em 2011, as brasileiras chegaram como favoritas e levaram mais medalhas que os homens: 3 a 2. 

Conquistas inimagináveis para a Rosicléia dos tempos de judoca. Como atleta, ela participou dos Jogos de Barcelona, em 1992, na estreia do judô feminino como modalidade olímpica. Também foi a Atlanta, quatro anos depois. ''Na minha primeira Olimpíada, eu não viajava, ficava em alojamento, não tinha ideia de quem eram as minhas adversárias. Hoje, nossas atletas botaram a mão no quimono de 100% das rivais que vão encontrar em Londres'', afirma. Uma revolução perto daquilo que a seleção feminina era considerada há menos de dez anos: um apêndice do time masculino. 

Sem planejamento próprio, as mulheres seguiam o cronograma dos homens. Se havia a possibilidade de uma viagem independente, as condições eram piores. E foi em uma dessas excursões em 2006 - com elas no Equador e eles, na Europa -, que a mudança começou. 

''Mandaram a gente para 20 dias em Cuenca, no perrengue. Mas o perrengue foi bom para caramba, uniu muito a equipe. Ali foi o divisor de águas'', lembra Rosicléia. ''Elas reclamavam muito e um dia eu coloquei todo mundo no quarto e falei: 'Acabou, não adianta reclamar. Enquanto a gente não ganhar, não vamos ter espaço''', completa. Foi o ultimato da técnica, então com 37 anos. 

O resultado veio um ano depois, no Pan do Rio. A lembrança de 2007 ainda leva Rosicléia às lágrimas. ''Aquilo marcou a minha vida'', admite. As mulheres superaram os homens, com 100% de pódios: duas de ouro, quatro de prata e uma de bronze. ''A gente sofreu junto, amadureceu junto. Foi muito emocionante.'' 

Hoje, as condições são idênticas para as seleções - as cobranças, também. Com um detalhe: a 82 dias da Olimpíada de Londres, a técnica afirma que sua missão está ''semicumprida''. Agora, é a medalha de ouro que Rosicléia quer dar às mulheres.

terça-feira, 8 de maio de 2012

O dia em que perdi por ippon do líder do ranking mundial de judô



Leandro Guilheiro, número 1 da categoria até 81 kg, mostra alguns golpes para o repórter do Terra. Foto: Bruno Santos/Terra
Leandro Guilheiro, número 1 da categoria até 81 kg, mostra alguns golpes para o repórter do Terra
Foto: Bruno Santos/Terra
GUSTAVO SETTI
Direto de São Paulo - TERRA
Tive a oportunidade de aprender um pouco de como é enfrentar os melhores judocas brasileiros. Na Escola Técnica Estadual (Etec) da favela de Paraisópolis, em São Paulo, fiz meu máximo para não deixar os atletas garantidos em Londres me atirarem ao chão no tatame. Como era de se esperar, aguentei pouco mais de 20 segundos contra Leandro Guilheiro, e surpreendente 1 minuto na luta frente a Rafael Silva.
Muito destreinado, tive que pedir um kimono (ou judogui) emprestado para a organização. Recebi meu uniforme oficial da Seleção Brasileira, azul e muito semelhante ao que os atletas utilizam nas competições. Mesmo assim ainda faltava a faixa. Depois de algum tempo me emprestam uma faixa preta, que eu nem sabia como colocar direito.
Finalmente subi ao tatame, respeitando os cumprimentos e tradições que o esporte exige. Em uma roda com Tiago Camilo, Leandro Guilheiro, Rafael Silva, Mayra Aguiar, Sarah Menezes e Rafaela Silva, a primeira coisa que aconteceu foi Camilo arrumar meu kimono. O atleta da categoria até 90 kg, me monstrou que a parte da esquerda fica sempre por cima e me mostrou como se amarra a faixa.
Depois disso, Tiago Camilo ainda me ensinou, e a outros jornalistas, alguns movimentos básicos do esporte. Primeiro foi a vez da queda: "quando for cair você primeiro 'cola' o queixo no pescoço, para evitar bater a cabeça, e depois tem que bater a mão no tatame, assim amortecendo a queda", disse o professor. Depois disso, ele mostrou como segurar o kimono do adversário e a forma de aplicar alguns golpes, me fazendo relembrar a época que já tinha praticado o esporte, exatos dez anos atrás.
Versus Rafael Silva
Após a breve explicação, fui "enfrentar" Rafael Silva, 3º do ranking mundial na categoria acima de 100kg. Com seus 2,03 m e 146 kg, Baby, como é conhecido, colocou em prática mais técnicas do esporte. Ele me mostrou o jeito que costuma aplicar os golpes nos adversários e contou que, pela categoria, não gosta de levar a luta para o chão, já que os atletas são pesados e usa-se mais a força do que agilidade.
Voltando para a luta, logo de cara já tomei uma "bronca" do professor. "Isso você não pode fazer. Nunca se cruza a perna quando estiver lutando", disse Baby enquanto eu tentava me movimentar. Após mais um reinício, o judoca me deixou no tatame por duas vezes, mas no final "consegui" aplicar um ippon no adversário, minha primeira vitória.
Versus Leandro Guilheiro
No meu segundo confronto fui um pouco melhor na movimentação, lembrando o que havia aprendido há uma década. Porém não foi o suficiente para aguentar Leandro Guilheiro, número 1 do ranking da Confederação Internacional de Judô (IJF) na categoria até 81 kg.
Para que esse último confronto fosse um pouco mais emocionante, pedi para que ele lutasse de verdade, claro, respeitando os limites de seu adversário. "Não vou facilitar, você falou pra lutar sério, então vamos lutar de verdade", disse Guilheiro.
Favorito para a medalha em Londres, logo no início do combate ele começou a se movimentar em giros, tentando me fazer perder o equilíbrio. Após algumas escapadas dos golpes, Guilheiro me derrubou e venceu com um ippon, fazendo eu bater as costas no chão. Após a queda ele reforçou que esqueci de bater a mão no tatame, para evitar lesões. Mesmo assim, vitória incontestável em pouco mais de 20 segundos de luta.
Final de combate, não quis revanche com meus adversários. Afinal, não tinha necessidade. Vai que eu aplico um golpe e eles se machucam na queda, melhor evitar que um deles fique de fora da Olimpíada por culpa minha. A experiência de lutar contra alguns dos melhores judocas ranqueados do mundo foi muito boa, mas não penso em largar o jornalismo e investir no judô, ninguém iria ter chance contra mim, ou até iriam...
Londres 2012 no Terra
Terra, maior empresa de internet da América Latina, transmitirá ao vivo e em alta definição (HD) todas as modalidades dos Jogos Olímpicos de Londres, que serão realizados entre os dias 27 de julho e 12 de agosto de 2012. Com reportagens especiais e acompanhamento do dia a dia dos atletas, a cobertura contará com textos, vídeos, fotos, debates, participação do internauta e repercussão nas redes sociais.

domingo, 6 de maio de 2012

Baixinha entre as rivais, judoca Portela não pára e agora também luta no chão

As aulas de ne waza com Flávio Canto já deixaram as cubanas ressabiadas, diz a judoca de 1,58 m, da categoria -70 kg, no Pan de Judô encerrado no fim de semana passado em Montreal


Por Denise Mirás, do R7




Maria Portela, de azul, subiu da 35ª posição no ranking internacional para a oitava, em dois anos. Jamie McDonald/Getty Images
Em dois anos, de 35ª no ranking internacional do judô na categoria -70 kg Maria Portela entrou para as top 10 do mundo e chegará à Olimpíada de Londres (de 27 de julho a 12 de agosto) na oitava colocação. Para a atleta, a palavra mágica, no caso dela, foi “confiança”. Além de muito treino, emenda, também teve a oportunidade de treinar mais com adversárias que considerava estarem em um patamar “além”, mas pouco conhecia. E, depois, vencê-las.
Aos 24 anos, Maria Portela tem 1,58 m e leva desvantagem em seu peso, lutando contra adversárias com 1,75 m.
- Posso dizer que tenho mais dificuldade que as outras, mas estudo muito minhas adversárias e criei alternativas.
Luta de chão
Dessas alternativas, a principal é não ficar parada diante das adversárias, movimentando-se muito. Mas a judoca também credita “boa parte” do que vem conseguindo às aulas de ne waza dadas por Flávio Canto a todos das equipes feminina e masculina, para surpreender adversários, já que o judô brasileiro não tem a luta de chão como característica. Mais baixa, Maria Portela acaba levando vantagem na luta de chão, em relação às adversárias mais altas.
- No Pan [encerrado em Montreal no fim de semana passado], as cubanas já sentiram a diferença com relação à gente, às brasileiras, do pouco que a gente aprendeu. Acredito que fará diferença, sim, para a Olimpíada. Até lá, fará uma diferença gigantesca, na equipe toda.
Nada de ficar parada
Sua movimentação também melhorou, explica, com as dicas de Leandro Guilheiro [primeiro no ranking mundial de -81 kg].
- Não posso ficar parada, dar chance às outras na força. Agora, atrapalho mais minhas adversárias…
A Rede Record mostrará a Olimpíada de Londres 2012 com exclusividade na TV aberta brasileira, e também pela internet, por meio do R7. A Record detém ainda os direitos de transmissão dos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015 e da Olimpíada do Rio de Janeiro 2016.

Ketleyn Quadros vence Rafaela Silva e é campeã do Troféu Brasil 2012

Neste domingo entram em ação das categorias médio, meio-pesado e pesado


Por AHE!
Rio




Ketleyn Quadros está classificada para a primeira seletiva do Projeto Rio 2016 - Divulgação/CBJMedalhista olímpica nos Jogos de Pequim-2008, Ketleyn Quadros venceu, neste sábado, por um yuko Rafaela Silva, que já está garantida nos Jogos de Londres. Ketleyn conquistou a medalha de ouro na categoria até 57kg do Troféu Brasil Interclubes, que começou neste sábado. Com a vitória, Ketleyn está classificada para a 1ª seletiva do Projeto Rio 2016.

Mais de 500 atletas participam do torneio. Os campeões de cada categoria garantem vaga na seletiva que definirá os novos integrantes da Seleção Brasileira de Judô de 2013. Neste domingo, entram em ação os atletas das categorias médio, meio-pesado e pesado. A competição tem início às 9h (de Brasília).