A prática do Judô, seja em associações, academias, clubes, condomínios, prefeituras, escolas, ou em projetos sociais, sempre é bem-vinda e contribui de forma direta e inegável para a formação da criança e do adolescente. Independentemente de uma prática mais competitiva ou participativa, os praticantes vivenciam hábitos e rituais diferenciados de nosso cotidiano e assimilam valores transmitidos pelos professores. Tais valores baseiam-se nos princípios do Judô, que buscam o melhor uso da energia mental e física para a realização das atividades humanas (BULL, 2008).
Segundo materiais pesquisados, identificou-se uma gama muito grande no que diz respeito ao Treinamento de Força e especificamente para judocas. Pode-se visualizar que o treinamento de força para judocas deve ser bem orientado e planejado pelo Profissional de Educação Física juntamente com a equipe técnica da equipe ou clube em questão.
Devemos orientar a rotina de treinos de nossos atletas distribuindo as cargas durante o período de preparação, a fim de que eles atinjam um desempenho ótimo e consigam aprimorar sua capacidade de trabalho anaeróbio e a potencia muscular na aplicação dos golpes, sem a ocorrência de lesões ou stress. Para isso, podemos lançar mão de inúmeros métodos de treinamento, sendo os mais comuns as corridas e o trabalho com sobrecarga na sala de musculação.
Não existe diferença de treinamento entre homens e mulheres. O que existe é cargas diferenciadas pelo fato de que a mulher possua em torno de 30 a 40% menos força que o homem.
O treinamento de força para mulheres não difere dos princípios do treinamento de força para os homens, exceto em sua especificidade ou finalidade. Os músculos de ambos os sexos têm as mesmas características fisiológicas, e portanto, a resposta ao treinamento é a mesma (FLECK & KRAEMER, 1997).
O fato de que as mulheres apresentam poucas variações dos níveis de testosterona não indica que isto atue negativamente nos ganhos de força, como acontece nos ganhos em hipertrofia muscular em relação aos homens (FLECK & KRAEMER, 1997).
Segundo Sousa, et.al. (2003), os efeitos produzidos pelo treinamento de força em mulheres e homens são os mesmos para ganhos de força. O treinamento de força é benéfico para as mulheres como para os homens.
O treinamento de força feminino não deve ser diferente do treinamento de força masculino, e que a pouca variação dos níveis de testosterona não atuam negativamente nos ganhos de força estimulados pelo exercício na mulher. Os ganhos de força da mulher alcançam um platô depois de três a cinco meses de treinamento, e não progridem tanto como os dos homens após este período. As mulheres têm menor nível de força absoluta em relação ao homem e mantém os mesmos níveis de força relativa. (SOUSA et. al., 2003).
Otanes (1983), afirma que as mulheres possuem algumas diferenças nas características somáticas tais como músculos de menor tamanho e peso, maior quantidade de tecido adiposo, uma massa muscular de 30 a 40 % menor em relação aos homens.
O posicionamento do American College of Sports Medicine (ACSM, 2002) no treinamento de força para praticantes intermediários e avançados prescreve intervalos entre 2 a 3 minutos para exercícios multi-articulares que envolvam massas musculares relativamente grandes. Já para exercícios uni-articulares, com menores massas musculares, recomenda um intervalo com um período mais curto, variando entre 1 a 2 minutos. O posicionamento destaca que essas faixas de intervalos parecem ser suficientes para provocar uma adequada recuperação entre as séries. Contudo, essa ainda é uma questão pouco explorada na literatura, e as evidências sobre o assunto baseiam-se em alguns estudos relacionados aos efeitos agudos do treinamento. Dessa forma, os estudos parecem se debruçar mais sobre a fadiga.
Um programa de treinamento de força planejado adequadamente, pode resultar em aumentos significativos, na massa muscular, na hipertrofia das fibras musculares, na densidade óssea, nos aperfeiçoamentos do desempenho relacionados à força e finalmente em uma redução significativa no percentual de gordura.
O alongamento anterior e posterior as sessões de treinamento poderão aumentar o delineamento muscular, o alcance do movimento, tamanho e força, podendo diminuir a chance de lesões e remoção de alguns restos metabólicos. Os alongamentos executados após a sessão de treinamento, ajudam a dissipar o lactado residual ajudando a manter a viscosidade e a elasticidade do tecido conjuntivo, tecido esse que recobre as fibras musculares.
O LPO (Levantamento de Peso Olímpico) vem sendo muito utilizado no treinamento de força para judocas mostrando assim um efeito satisfatório no aumento de força e já está sendo praticado por atletas renomados como Tiago Camilo.
Especificamente para o judô, tem sido recomendado o uso da medicine ball, pois ela pode ser um meio eficiente de sobrecarga excêntrica, pode ser projetada e, portanto, utilizada no próprio dojô, além de permitir a execução de movimentos com rotações do tronco típicos da modalidade.
O Treinamento de força para judocas ainda tem muito a ser estudado e considera-se que o começo de grandes estudos já foram iniciados, e este trabalho alcançou seu objetivo podendo contribuir com a comunidade judoísta brasileira através de sua intensa pesquisa literária e diversidade de cientistas do esporte consultados.
Salienta-se que qualquer atividade física deve ser orientada por um Profissional de Educação Física, pois ele é quem irá ministrar todo o treinamento físico de força com os conhecimentos e técnicas específicas.
MARCELO FONSECA VAZ
Bacharel e Licenciado em Educação Física
Pós-Graduado em Treinamento Desportivo
Preparador Físico do Judô Clube Divinópolis
CREF 008423-G/MG
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STRENGTH TRAINING FOR JUDOCA
The practice of Judo, or associations, academies, clubs, condos, town halls, schools, or in social projects, is always welcome and contributes in a direct and undeniable for the education of children and adolescents. Whether a more competitive and participatory practice, practitioners experience different customs and rituals of everyday life and assimilate values transmitted by teachers. These values are based on the principles of Judo, who seek the best use of mental and physical energy for the realization of human activities (Bull, 2008).
According to materials studied, we identified a very large range with respect to the Strength Training and specifically for judo. One can see that strength training for judo athletes should be well targeted and planned by the Professional Physical Education along with the crew team or club in question.
We should guide the routine training of our athletes distributing loads during the preparation period, so that they reach optimal performance and be able to improve your anaerobic work capacity and muscle power in the application of strokes, without the occurrence of injury or stress . For this, we can resort to various methods of training, the most common races and work overload in the weight room.
There is no difference between training men and women. What there is loads differentiated by the fact that women have about 30 to 40% less force than men.
Strength training for women does not differ from the principles of strength training for men, except in its specificity or purpose. The muscles of both sexes have the same physiological characteristics, and therefore the response to training is the same (Fleck & Kraemer, 1997).
The fact that women have little variation in levels of testosterone does not indicate that it acts negatively in the strength gains, as gains in muscle hypertrophy in relation to men (Fleck & Kraemer, 1997).
According to Sousa, et.al. (2003), the effects of the strength training in women and men are the same for strength gains. Strength training is beneficial for women as for men.
Strength training should not be female than the male strength training, and that little variation in testosterone levels do not act negatively in the strength gains stimulated by exercise in women. The strength gains of women reach a plateau after three to five months of training, and do not progress as much as men after this period. Women have lower levels of absolute strength in relation to man and maintain the same levels of relative strength. (Sousa et. Al., 2003).
Otanes (1983), states that women have some differences in characteristics such as somatic muscles of lower size and weight, the greater amount of fat, muscle mass from 30 to 40% lower compared to men.
The position of the American College of Sports Medicine (ACSM, 2002) with strength training for intermediate and advanced practitioners prescribe intervals of 2 to 3 minutes for multi-joint exercises that involve relatively large muscle mass. As for single-joint exercises with lower muscle mass, recommends an interval with a shorter period, ranging from 1 to 2 minutes. The position emphasizes that these bands ranges appear to be sufficient to cause an adequate recovery between sets. However, this is still an issue rarely explored in literature and evidence on the subject based on several studies related to acute effects of training. Thus, the studies seem to lean more about fatigue.
A strength training program designed properly, can result in significant increases in muscle mass, hypertrophy of muscle fibers, on bone density, the performance enhancements related to strength and finally in a significant reduction in body fat percentage.
Stretching before and after the training sessions could increase the muscular design, the range of motion, strength and size, which may reduce the chance of injuries and some removal of metabolic wastes. Stretching is performed after the training session, help to dissipate the residual lactate helps maintain the viscosity and elasticity of connective tissue, the tissue covering the muscle fibers.
The LPO (Olympic Weightlifting) has been widely used in strength training for judo thus showing a satisfactory effect in strength and is already being practiced by renowned athletes as Tiago Camilo.
Specifically for judo, has been recommended to use the medicine ball, because it can be an efficient means of eccentric load, can be designed and, therefore, used in their own dojo, and allows the execution of movements with trunk rotations typical mode.
The Strength training for judo is still much to be studied and considered to be the beginning of major studies have been initiated, and this work has achieved its objective and may contribute to the community through its Brazilian judoísta intense research and literary diversity of scientists sport consulted.
Note that any physical activity must be guided by a professional physical education because it is who will deliver all the physical training of force with the skills and techniques.
MARCELO VAZ FONSECA
Bachelor Degree in Physical Education
Post-Graduate in Athletic Training
Fitness Coach of Judo Club Divinópolis
CREF 008423-G/MG
marcelovaz@demolaymg.com.br