quarta-feira, 4 de julho de 2012
Guilheiro e Mayra Aguiar descartam favoritismo no judô
Por Tiago Rogero - Veja
Rio - As duas maiores esperanças brasileiras de medalha no judô em Londres - os líderes do ranking mundial em suas categorias, Leandro Guilheiro (81kg) e Mayra Aguiar (78kg) -, descartaram favoritismo nos Jogos Olímpicos. Pela primeira vez, o Brasil será representado em todas as faixas de peso (sete masculinas e sete femininas). Dos 14 atletas classificados para Londres, que treinam esta semana no Rio, dez estão entre os dez melhores de cada categoria no ranking da Federação Internacional de Judô.
Aos 28 anos e já duas vezes medalhista olímpico - bronze em Atenas (2004) e Pequim (2008) -, Guilheiro disse que chega à terceira Olimpíada em melhor forma que nas anteriores. "Esta será minha primeira edição dos Jogos `inteiro', sem lesão. Fisicamente, vão ser os melhores Jogos da minha vida. Se isso vai se traduzir em bom desempenho e medalha, só vou saber no dia 31 de julho", sorriu.
Se subir ao pódio em Londres, ele se tornará o judoca brasileiro com o maior número de medalhas olímpicas. Outro que pode entrar para a história é Tiago Camilo (90kg), prata em Sidney (2000) e bronze em Pequim. Ambos estão empatados com Aurélio Miguel, ouro em Seul (1988) e bronze em Atlanta (1996).
Menos experiente que eles, Mayra disputou os primeiros Jogos em Pequim, aos 17 anos, mas foi eliminada logo na estreia. Agora, a garota que era apenas uma promessa chega como realidade. "Falam muito em favoritismo, mas acredito que nos Jogos isso não existe. É tudo muito parelho, principalmente na minha categoria. Espero fazer lutas muito boas", comentou a gaúcha, que vai completar 21 anos um dia depois de lutar em Londres.
Mas a pressão não está só sobre os dois. O judô é a única modalidade que conquistou medalhas para o Brasil em todas as edições de Jogos desde 1984, em Los Angeles. Para este ano, sem citar nomes, a Confederação Brasileira Judô faz projeção de quatro medalhas, uma delas de ouro, e pelo menos uma final olímpica feminina. Todos os sete homens e as sete mulheres classificadas estão entre os 20 melhores do mundo em suas categorias.
Dois estreantes, Rafaela Silva (57kg) e Rafael Silva (acima dos 100kg) - que não são parentes -, estão, cada um, em terceiro no ranking. Rafael reconhece a pressão "de que o judô precisa trazer medalha", mas disse estar tranquilo. "Só quero chegar bem preparado e tentar trazer uma medalha Quero lutar bem e tentar me blindar dessa pressão externa", destacou.
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