terça-feira, 3 de abril de 2012

CBJ convoca atletas para o Pan-Americano

Competição é a última oportunidade para somar pontos no ranking mundial


Por AHE!
RIO



Maria Portela (78kg) precisa somar pontos no Canadá para garantir sua vaga em Londres - Divulgação/CBJCoordenador técnico da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Ney Wilson anunciou em seu twitter os atletas convocados para a disputa do Campeonato Pan-Americano, que será realizado em Montreal, no Canadá entre os dias 26 e 29 deste mês. Esta é a última oportunidade para os judocas somarem pontos no ranking mundial antes de seu fechamento. Os 22 primeiros colocados no ranking masculino e as 14 primeiras no feminino, com o limite de um atleta por país, estarão classificados para os Jogos Olímpicos de Londres.

Hoje, o Brasil tem judocas dentro do critério de classificação para Londres em todas as 14 categorias de peso, porém, Mariana Silva (63kg) e Maria Portela (70kg) ainda precisam confirmar sua vaga nos Jogos. A paulista e a gaúcha estão em 19° e 15° lugar, respectivamente, e precisam somar pontos no Canadá para não serem ultrapassadas por suas concorrentes.

Para fazer bonito no Canadá, a equipe feminina fará um treinamento de campo no Rio de Janeiro do próximo dia 9 até o dia 14 comandada pela técnica Rosicleia Campos.

Entre os homens, as novidades são Eduardo Bettoni e Renan Nunes, que estreiam na seleção brasileira.

Confira a lista completa dos convocados, que embarcam para o Canadá no dia 24 deste mês:

Masculino
Felipe Kitadai (60kg)
Leandro Cunha (66kg)
Bruno Mendonça (73kg)
Leandro Guilheiro (81kg)
Eduardo Bettoni (90kg)
Renan Nunes (100kg)
Rafael Silva (+100kg)
Técnico: Luiz Shinohara

Feminino
Sarah Menezes (48kg)
Érika Miranda (52kg)
Rafaela Silva (57kg)
Mariana Silva (63kg)
Maria Portela (70kg)
Mayra Aguiar (78kg)
Maria Suelen Althema (+78kg)

Luiz Shinohara mostra aversão ao MMA e diz que ´seria bom` ter agitação de Rosicleia Campos

Fonte: Portal do Judô

Budista, técnico da seleção masculina faz da serenidade sua principal característica Ao conquistar três medalhas em Jogos Pan-Americanos, um atleta pode caminhar para o abismo da prepotência ou da arrogância....
Budista, técnico da seleção masculina faz da serenidade sua principal característica

Ao conquistar três medalhas em Jogos Pan-Americanos, um atleta pode caminhar para o abismo da prepotência ou da arrogância. Mas isso passou longe da vida de Luiz Shinohara, de 57 anos. De família budista, o treinador da seleção brasileira masculina de judô segue os ensinamentos da religião. Respeito, disciplina e humildade são os lemas deste paulista de Embu das Artes, que não consegue se acostumar com o mixed martial arts (MMA, que em português signifca artes marciais misturadas).


- O que, às vezes, me assusta é aquela vontade de o lutador em bater mais no adversário, mesmo depois de o oponente estar desfalecido, ou cheio de sangue – comenta Shinoraha, desde 2002 à frente da seleção.


Apesar da certa aversão à modalidade de luta que mais cresce no planeta, Luiz acredita ser proveitoso o fato de o Brasil ser conhecido pelo bom trabalho em outras lutas que não são olímpicas.


- O que parece é que o mundo todo gosta destas lutas. Não tenho nada contra quem gosta. Mas, sem dúvida nenhuma, não é um esporte que eu recomendaria ao meu filho – diz.


Com seu estilo zen, Luiz é completamente diferente da treinadora da seleção feminina, Rosicleia Campos, que não para um minuto quando está comandando as pupilas durante os treinos e competições. Shinohara é bem menos extravagante e faz o gênero de mestre nipônico, cuja característica principal é a serenidade.


- Eu e a Rosicleia temos características diferentes, talvez eu precise de um pouco mais da agitação dela. Mas, acredito que uma boa orientação, na hora certa, também pode fazer a diferença – analisa. “Para a prática do judô, seguir a cultura japonesa é fundamental”. A expressão, de autoria do Mestre, também é muito utilizada no seu dia a dia na beira do tatame para orientar seus atletas ou dentro de casa, com sua família.
- Procuro não passar pessimismo, nervosismo ou afobação para os atletas. Tento sempre me manter calmo para poder transmitir segurança e orientá-los de uma maneira segura – avisa Shinohara.