domingo, 23 de janeiro de 2011

Ianka Joany Rocha integrará o Instituto Reação em 2011


No destaque, o professor Geraldo Bernardes e Ianka Rocha, durante a apresentação da judoca.

A judoca Ianka Rocha, 14 anos, faixa marrom, categoria meio leve -44kg, foi apresentada nesta última sexta feira, 21/01/2011, como a mais nova integrante do Instituto Reação do Rio de Janeiro. O Instituto Reação foi criado pelo judoca Flávio Canto e tem como principal objetivo a detecção de talentos dentro dos quatro pólos existentes (Rocinha, Tubiacanga, Pequena Cruzada e Cidade de Deus) e também a preparação desses atletas para integrarem seleções nacionais de Judô.

Ianka integrará a equipe do Pólo Geraldo Bernardes (Cidade de Deus) em Jacarepaguá - RJ para a temporada 2011, e participará da seletiva nacional Sub 17 e Sub 20, que acontecerá entre os dias 4 e 6 de fevereiro na cidade satélite de Taguatinga, em Brasília (DF) representando sua nova equipe.

A atleta foi recebida pelo técnico Geraldo Bernardes, que dirigiu a equipe nacional em quatro Olimpíadas (Sydney/00, Atlanta/96, Barcelona/92 e Seul/88), cinco Mundiais (99,97,95,93,91 e 87), seis Jogos Pan-Americanos (99,97,93,87 e 83), dez campeonatos Sul-Americanos e quatro Jogos Sul-Americanos. Técnico campeão dos Jogos Mundiais da Juventude (Moscou - 98) e vice-campeão mundial por equipes (Bielo-Russia - 99) e além disso, com o seu trabalho, colocou nas diversas Seleções Brasileiras (Juvenil, Junior e Sênior) 12 atletas culminando com o atleta Flávio Canto.


POR: PROF. ROCHA
FONTE: BOLETIM OSOTOGARI

A luta nas aulas de Educação Física Escolar

Tenho quase certeza de que o assunto a ser trabalhado neste texto é bastante estranho para muitas pessoas. Isso porque as lutas raramente são trabalhadas no contexto escolar. Sob um olhar mais próximo ao senso comum, as lutas costumam ser sinônimos de brigas e de derramamento de sangue. A intenção deste texto é desmistificar essa ideia e mostrar de que modo a luta se constitui como uma prática de atividade física interessante para a escola.


É importante dizer que as lutas são um conteúdo oficial da disciplina de Educação Física, apresentado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais. Esse documento não apenas mostra as lutas como um conteúdo a ser trabalhado, como também aponta alguns caminhos para que o professor leve essa proposta ao aluno.

Entretanto, existem alguns argumentos que impedem que o professor incite essa prática. O primeiro deles é a falta de vivência da maioria dos professores com as lutas, ou seja, são poucos os que já lutaram antes; o segundo é a preocupação com a violência que se imagina que as lutas possam gerar. Uma coisa que alunos e professores precisam tomar consciência, é que o professor não precisa saber fazer para saber ensinar. Existem meios para que o professor possa trabalhar as lutas com os alunos sem tê-las praticado antes.

É disso que falaremos agora: em primeiro lugar, é interessante citar alguns tipos de lutas: judô, sumô, caratê, greco-romana, jiu-jitsu e capoeira. É claro que existem outras lutas que não estão listadas aqui, mas optei por restringir a lista apenas com o intuito de exemplificar. Para o olhar mais leigo, como já disse, todas parecem iguais, mas se analisarmos cada uma delas, perceberemos que elas têm objetivos diferentes. Enquanto algumas pretendem derrubar o adversário, outras procuram a imobilização e umas até o deslocamento do oponente de uma área delimitada. Ou seja, você pode perceber que nenhuma delas tem a violência como finalidade.

Você também pode pensar a violência como consequência do trabalho com as lutas, já que as crianças manteriam contato corporal intenso durante a prática. Será que isso é verdade? Alguns estudiosos da área, como Nascimento e Almeida em "A tematização das lutas na Educação Física escolar" afirmam que a violência pode sim se apresentar como consequência das lutas, mas também pode se apresentar durante a prática do futebol e do basquetebol, por exemplo. Tudo depende de como o professor conduzirá a aula. Por isso, violência não é desculpa para que as lutas não sejam trabalhadas na sua escola.

Ainda há uma pergunta a se fazer: como trabalhar os diferentes tipos de luta com os alunos, se o professor não sabe a técnica? Ora, há recursos pedagógicos que permitem que isso seja feito. A pesquisa teórica sobre os diferentes tipos de lutas pode fazer alunos e professor aprenderem as técnicas e objetivos das lutas; vídeos das diferentes lutas podem apresentar e demonstrar a prática da luta e, a partir dela, o professor pode trabalhar brincadeiras que se pareçam com a prática feita sob regras oficiais; por último, as discussões sobre a teoria, a prática e os materiais audiovisuais são fundamentais para o crescimento do aluno e para um retorno para o professor.

Portanto, deve-se pensar que um professor de Educação Física não sabe todas as regras e nem todos os movimentos fundamentais de todos os esportes. Isso parece óbvio, já que são muitos os conteúdos para trabalhar com os alunos, mas não é: como a maioria das aulas de Educação Física é ministrada a partir da prática, muitos conteúdos interessantes não são trabalhados com os alunos, porque o professor não sabe fazer. Por isso, não cobre que seu professor saiba fazer tudo: o que ele precisa é saber ensinar!

Por Paula Rondinelli
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Mestre em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Doutoranda em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo - USP

Judô do Brasil

As primeiras referências que encontramos quanto à introdução do Judô no Brasil, datam de muitos anos após a criação desta arte-esporte no Japão, pelo mestre Jigoro Kano. Mesmo assim aproveitando-se do maior conhecimento do antigo ju-jutsu fora do Japão, os adeptos do novo esporte que surgia faziam a sua propaganda mantendo a denominação antiga, confundindo e criando polêmica até hoje existente entre os leigos quanto às origens do judô.


A história do Judô no Brasil

O professor Stanlei Virgílio em seu livro a Arte do Judô, Papirus 1986. Faz referência ao mestre Massao Shinohara, onde o mesmo afirma em seu manual de judô, publicação de maio de 1982, que o judô foi implantado no Brasil por volta do ano de 1908 com o advento da imigração japonesa, cujo primeiro contingente chegou ao porto de Santos em 18 de junho de 1908, a bordo do navio Kasato Maru. Com referência ao judô, entretanto não há registros de nomes, datas ou locais.
Stanlei também faz referências muito vagas sobre um certo professor Miura que teria ensinado judô em nossa pátria por volta de 1903. Segundo ainda Stanlei, o mestre Kwanichi Takeshita afirma que foi no início dos anos vinte que chegou o judô ao Brasil, impressionando os esportistas pela facilidade com que se venciam os desafios feitos aos nossos lutadores.
Stanlei tenta explicar essa duplicidade de datas pela forma como foi introduzido o judô em nosso país, pois de um lado há uma corrente formada pelos pioneiros do Kasato Maru e subseqüentes, que se dedicando a outros misteres, principalmente a agricultura, faziam do judô um derivativo, uma atividade social, uma forma de manter laços e apagar a saudade da pátria longínqua. Poderia se dizer que praticavam um judô localizado, restrito a pequenos grupos e sem fins lucrativos. O primeiro registro com referência a esse grupo iriam para Tatsuo Okoshi, que chegou ao Brasil em 1924, seguindo-se Katsutoshi Naito, Sobei Tani, Ryuzo Ogawa e outros mais.
Por outro lado, em uma outra corrente estavam os "lutadores", isto é, aqueles que lançando e aceitando desafios, lutando publicamente, além de buscarem a implantação do judô entre nós, faziam disso uma forma de subsistência ou complementação financeira. Entre este colocaríamos Mitsuyo Maeda (Conde Koma), Takagi Saigo, Geo Omori, Ono, visto por este prisma, o judô começou a ser implantado no início dos anos vinte.
Olhando uma forma e outra achamos que a primazia pode realmente estar com os japoneses do Kasato Maru, entretanto a forma mais válida e que melhores resultados trouxeram na época foi à atuação dos lutadores, que atingiam com seus espetáculos um número bem maior e de forma mais positiva os possíveis interessados. Com o passar do tempo essa situação inverteu-se, já não mais havendo os espetáculos como eram proporcionados naqueles tempos. Assim se uns chegaram primeiro, os outros atuaram de forma mais objetiva e eficiente para a implantação do judô naquela época.
Foi no início dos anos vinte que chegou ao Brasil Mitsuyo Maeda, ou Eisei Maeda como querem alguns, tendo ele a seu crédito o primeiro registro nos anais da história do judô brasileiro, aceitando desafios e ganhando todos, promovendo assim esse esporte. Radicou-se finalmente em Belém do Pará, onde montou sua escola com algum sucesso. De seus vários alunos, restou a família Gracie que deu continuidade ao seu trabalho, progredindo e fundando novas escolas em algumas capitais e se projetando no cenário esportivo brasileiro.
Hélio Gracie, em luta contra dois campeões japoneses, Kato e Kimura, ganhou do primeiro e perdeu para o segundo, o que na época foi um grande feito e o seria ainda nos dias de hoje. Desenrolaram-se as duas lutas no solo (katame-waza), pois nosso lutador certo de sua inferioridade em peso e na luta em pé (nage-waza), inteligentemente forçou a luta no solo onde tinha melhores chances, e o resultado provou o acerto de raciocínio.
Assim, as escolas Gracie prosperaram e espalharam-se por várias capitais, mas sempre se dedicando mais ao ju-jutsu, motivo pelo qual prosperaram, pois nós brasileiros, ainda não estávamos preparados para um esporte como o judô, até então desconhecido e que se confundia com seu predecessor o ju-jutsu, que monopolizava as atenções e interesses que haviam.
Pode-se dizer que por um bom tempo este nosso esporte amparou-se no ju-jutsu, estranha arte de defesa pessoal, muito eficiente e misteriosa para época, que os japoneses trouxeram, não se sabe se misturada com o judô ou se o judô misturado com ela. O fato é ainda hoje o interesse subsiste, mesmo com a evolução do judô que suplantou de forma inequívoca esse seu rival.
Em 1924 ou 1925 chega Takagi Saigo, instalando-se em São Paulo e como não obteve bons resultados, prontamente voltou ao Japão. Nessa mesma época chegou também Tatsuo Okoshi 8º dan, que teve participação bem maior no desenvolvimento do judô brasileiro. Foi o fundador e primeiro presidente no Brasil da Associação dos Faixas Pretas do Kodokan e também fundador e primeiro diretor técnico da Federação Paulista de Judô.
Em 1928 foi à vez de Geo Omori, lutador extraordinário, que lançando e aceitando desafios, muitos deles no antigo Circo Queirolo, em São Paulo, a exemplo de Mitsuyo Maeda, ganhava sempre e assim chamando a atenção e contribuindo à sua maneira para manter viva a tênue chama que mais tarde viria transformar-se num dos maiores esportes brasileiro. Seria também em 1928 a chegada de Katsutoshi Naito, 7º dan, que se radicou em Suzano, São Paulo. Sua participação na organização e consolidação do nosso judô foi marcante. Ocupou pela primeira vez a função de diretor do departamento de judô da Federação Paulista de Pugilismo, então mentora oficial do nosso esporte, antes da fundação da Federação Paulista de Judô.
Outro a chegar em 1928 foi Yasuichi Ono, então 3º dan, que também aceitando desafios e trabalhando com extrema dedicação pelo judô, fez jus a que seu nome fosse inscrito com todo mérito e justiça nas páginas da história do nosso esporte. Em 1932 abre a sua primeira academia, mãe de muitas outras que prosperaram e dão continuidade ao trabalho do grande mestre, hoje 9º dan. Somente nas décadas de 30 e 40, com a corrente migratória japonesa que se instalava em São Paulo, muitos outros mestres surgiram iniciando a prática do judô nas colônias interioranas e, no Rio de Janeiro, em Itajaí e na Baixada Fluminense, alguns professores se dedicaram à divulgação e à prática do judô.
Grandes mestres se destacaram, mas, persistiam alguns mantendo a antiga denominação de ju-jutsu, originando discussões, dissociando uma denominação da outra, obrigando aqueles que se empenhavam na divulgação do judô a um exaustivo trabalho de doutrinação chegando, muitas vezes, ao extremo de aceitar desafios, para confronto entre seus participantes. Ainda na década de 30, mais precisamente em 1931 chega Sobei Tani, 6º dan, estabelecendo-se com sua academia em Jaraguá, São Paulo, de onde saíram grandes campeões como os irmãos Shiozawa, Koki Tani e outros. Outros mais foram chegando e localizando-se no interior, levando para diversas regiões onde a imigração japonesa era mais intensa, o esporte que só mais tarde iria frutificar e tornar-se popular.
Chegava ainda ao Brasil em 1934 o mestre Ryuzo Ogawa, 8º dan, fundando a academia Ogawa (Budokan), com o único objetivo de aprimorar a cultura física, moral e espiritual, através do esporte de quimono, obedecendo aos princípios morais e filosóficos pregados pelo mestre Jigoro Kano. Não se poderá deixar de reconhecer que o grande passo para o crescimento do judô no Brasil foi iniciado com o mestre Ogawa, em 1938, quando o mesmo juntamente com um grupo de idealistas oriundos do longínquo Japão, começaram um trabalho de amplos ideais, que visava projetar este nosso esporte na preferência dos brasileiros, separando-o definitivamente do ju-jutsu. Esse trabalho foi à conquista final para a confirmação do judô no Brasil, sobrepondo-se ao ju-jutsu e expandindo-se rapidamente para o interior, onde em algumas regiões, embora muito discretamente já era praticado. Com a mesma intensidade e rapidez investiu também para outros estados, alastrando-se praticamente por todo Brasil.
Na década de 1940 consolida-se o prestígio do judô em todo o Brasil, esclarecidas as dúvidas quanto às suas origens do antigo ju-jutsu, propagando-se a sua prática no Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, dentre outros estados, fundando-se novas academias e crescendo o número de seus praticantes.
Assim a mercê do esforço e dedicação de japoneses e brasileiros, o judô progride a passos largos. Em São Paulo, no ano de 1951 foi realizado o seu primeiro campeonato oficial. Em 1954 o Rio de Janeiro também realiza o seu. Ainda em 1954, realiza-se o primeiro Campeonato Brasileiro, tendo como sua maior expressão o judoca Massayoshi Kawakami, campeão nas categorias 3º dan e absoluto. Em 1956, o Brasil participa pela primeira vez de uma competição no exterior, mais precisamente do II Campeonato Pan-Americano, realizado em Cuba, ficando em honroso segundo lugar. Formavam a equipe os judocas Massayoshi Kawakami, Sunji Hinata, Augusto Cordeiro, Luiz Alberto Mendonça, Hikari Kurachi e Milton Rossi.
Continuando com mais força nos anos 50 o já vigoroso crescimento da década de 40, necessário se faz à criação de um órgão mentor para dirigir, coordenar as atividades judoísticas em franco desenvolvimento. Para essa coordenação funda São Paulo a sua federação em 17 de abril de 1958, e o Rio de Janeiro em 09 de agosto de 1962. Dirigia na época o judô no Brasil a Confederação Brasileira de Pugilismo. Dia a dia acentuava-se a necessidade de um órgão nascido nos próprios meios judoísticos, dedicando-se exclusivamente ao judô, que o representasse a nível nacional e internacional. Assim em 18 de março de 1969 foi fundada a Confederação Brasileira de Judô, tendo como seu primeiro presidente Paschoal Segreto Sobrinho.
Em 22 de fevereiro de 1972, foi a Confederação Brasileira de Judô reconhecida oficialmente, sendo então o seu presidente até o início de 1979, Augusto de Oliveira Cordeiro.
A bibliografia quanto à evolução do judô no Brasil é carente e existe muita controvérsia sobre o seu surgimento. Há mais recente delas foi publicada na revista Ippon, ano 2, nº 12, setembro/97, São Paulo. Onde ficou comprovado após longa pesquisa, realizada pelo amazonense Rildo Heros, que o ju-jutsu e o judô desembarcaram juntos no Brasil, em 1914, em Porto Alegre-RS, pelo japonês Mitsuyo Maeda, aluno desde infância do mestre Jigoro Kano. No começo de 1977, após extenso trabalho de entrevistas e pesquisas embasadas em jornais da época, além de testemunhos de imigrantes antigos, detectou-se que a primeira residência do judô no Brasil foi Manaus, no Amazonas, depois de entrar no país por Porto Alegre. Esta versão da história escrita por Carlos Bortole foi publicada com a certeza de sua exatidão. Contudo devemos ficar alertas para o eventual surgimento de qualquer evidência que possa contrariar o trabalho do amazonense.
Porém, a chancela do instituto Kodokan parece dar garantia total a nova versão. Que talvez não seja tão nova assim, mas que pela primeira vez aparece plenamente documentada, como Medeiros pretende mostrar em livro a ser publicado brevemente.

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Medalhistas Olímpicos Brasileiros

Munique 1972
Los Angeles 1984
Seul 1988
Barcelona 1992
Atlanta 1996
Sydney 2000
Atenas 2004
Pequim 2008

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Principais beneméritos do judô brasileiro

  • Augusto de Oliveira Cordeiro (Rio de Janeiro, 1920) - foi o primeiro presidente da Confederação Brasileira de Judô depois de oficializada, em 1972, permanecendo no cargo até o início de 1979, e presidente da União Pan-Americana de Judô, de 1956 a 1972. Contribuiu muito para o desenvolvimento do judô no Brasil, tanto como atleta, técnico, e inúmeras vezes, como chefe de delegações em competições internacionais. Como professor, formou alunos de destaque, entre os quais Luiz Alberto Mendonça (tri-campeão sul-americano); Rudolf Hermany (campeão brasileiro); Antônio Kroff (campeão brasileiro); Antônio Afonso Alves (campeão brasileiro) entre outros. Em 1964, recebeu o convite especial da Kodokan para atuar com árbitro nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Seu maior sonho realizado foi conseguir elevar o nível técnico do judô brasileiro, que permitiu a expansão desse nobre esporte para todos os estados do país.
  • Jamil Kalil Nasser (1914-1979) - foi um dos responsáveis pela fundação da CBJ sempre se colocando em segundo plano procurando não aparecer e foi um dos que mais procuraram dar auto-suficiência ao judô brasileiro, foi também o que mais batalhou para a realização do 1º Campeonato Brasileiro de Judô. E em 1956 juntamente com Paschoal Segreto Sobrinho conseguiu que o Brasil sediasse o 1º Campeonato Mundial em 1966.
  • Tatsuo Okochi (8º Dan, 1892-1965) - chegou ao Brasil em 1924, foi o fundador e primeiro presidente da Associação de Faixas Pretas de Kodokan, fundador e primeiro diretor técnico da Federação Paulista de Judô. Conseguiu trazer vários professores de judô do Japão para elevar o nível técnico do judô brasileiro, contribuindo muito para o intercâmbio cultural entre os dois países.
  • Sobei Tani (6º Dan, 1908-1969) - chegou ao Brasil em 1931, estabeleceu-se na região do Jaraguá, em São Paulo, fundou sua academia, onde ensinou judô aos jovens. Entre seus alunos, destacam-se os irmãos Shiozawa, consagrados atletas que defenderam o Brasil em várias competições internacionais.
  • Mitsuyo Maeda (Conde Koma, 7º Dan, 1878-1941) - em 1913 veio ao Brasil, estabeleceu-se definitivamente em Belém do Pará, ficou famoso por ter realizado várias lutas, aceitando desafios de boxeadores, lutadores de luta-livre e outros, vencendo a todos e divulgando o nome do judô.
  • Katsutoshi Naito (7º Dan, 1895-1969) - chegou ao Brasil em 1928, quatro anos depois em 1932, iniciava suas atividades judoísticas, no bairro de Rio Baixo, em Suzano, São Paulo. Foi um dos fundadores da Zenhaku Ju Kendo Ren Mei, que por sua vez deu início à direção do judô no Brasil. Foi o primeiro medalhista olímpico do Japão (1924, em Paris), com a modalidade de luta-livre olímpica, e conseqüentemente, introduziu esta prática esportiva no Japão. Ocupou o primeiro cargo de diretor de judô, na Federação Paulista de Pugilismo.
  • Ryuzo Ogawa (8º Dan, 1883-1975) - fundador da Academia Budokan chegou ao Brasil em 1934. Tornou sua academia a primeira de projeção nacional, instalando filiais em vários estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, entre outros. O número de filiais da Academia Budokan chegou a mais de 100 unidades, em todo o Brasil. Conhecido como professor de rigorosos métodos e disciplinas, procurou fazer com que seus alunos seguissem à risca os ensinamentos do verdadeiro judô.