Por Ivan Drummond - Estado de Minas
A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) anunciou ontem que a equipe brasileira que disputará o Grand Slam de Tóquio, de 9 a 11 de dezembro, terá 18 atletas nas 14 categorias: sete no masculino e sete no feminino. É que o presidente Paulo Vanderlei e a comissão técnica entendem que é preciso dar condições iguais a todos os judocas que estão entre os 22 melhores do ranking mundial.
Quatro atletas já estão no Japão desde a semana passada: a ligeiro Sarah Menezes, a meio-leve Érika Miranda (Minas), a leve Rafaela Silva e a meio-pesado Mayra Aguiar. As quatro estão muito próximas de garantir, com antecedência, a classificação para os Jogos Olímpicos de Londres’2012, o que agora é definido pelo ranking mundial, criado a partir de 2009. Sarah é a terceira de sua categoria; Érika, a sexta; Rafaela, a sétima; e Mayra, a quarta.
Ketleyn Quadros, também do Minas, primeira mulher a conquistar uma medalha individual nos Jogos Olímpicos (bronze em Pequim’2008 na categoria leve), por enquanto está fora dessa briga e suas chances de classificação são mínimas. Ela ficou um ano e meio afastada das competições por causa de contusões, incluindo uma cirurgia, e ocupa a 20ª posição.
Outra judoca que está bem classificada é a peso pesado Maria Suelen Althman, 12ª do ranking. Já a meio-médio Mariana Silva, irmã de Rafaela, 19ª, e Maria Portela, 20ª, na médio, precisam de um bom resultado no Japão para não sair da lista das 22 primeiras.
“Quero garantir minha vaga o mais rápido possível. Fiquei fora de Pequim por ter rompido o ligamento cruzado do joelho direito na semana do embarque. Já estava lá quando fui cortada. Quero estar em Londres, que entendo como uma segunda chance para conquistar uma medalha olímpica”, diz Érika Miranda.
MELHOR NO MASCULINO No masculino, o desempenho é melhor que o das meninas e, em quatro categorias, além da briga por posições no ranking, existe uma disputa para saber quem é o melhor brasileiro. A primeira delas é na meio-médio, que tem Leandro Guilheiro, segundo lugar geral do ranking, e o medalhista olímpico de bronze Flávio Canto, 22º. Na médio, Tiago Camilo e Hugo Pessanha, do Minas, travam um duelo que os deixou empatados, na sétima posição, por três meses. Camilo subiu para quarto, enquanto Hugo está em oitavo, mas a diferença de pontos entre eles é pequena.
Na meio-pesado, outra briga complicada, entre o minas-tenista Luciano Corrêa, ex-campeão mundial, 16º colocado na lista, que ficou sem lutar por seis meses devido a uma cirurgia no ombro direito, e Leonardo Leite, 22º.
Na peso pesado, equilíbrio entre Rafael Silva, nono do ranking, e Daniel Hernandes, o 10º. A diferença entre eles é de apenas seis pontos. Depois do Grand Slam, os brasileiros seguirão para o Grand Prix de Qingdao, na China, nos dias 17 e 18 de dezembro. Haverá um recesso até a segunda semana de janeiro, quando as competições estarão de volta e os judocas terão até 30 de abril para brigar pela vaga olímpica.