quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sem apoio, professores judocas se sacrificam para praticar e ensinar o esporte

São nove judocas pernambucanos que se dividem em afazeres pessoais e alunos pra treinar; mal sobra tempo para que eles mesmos pratiquem


Reprodução / TV Globo
Foto: Reprodução / TV Globo


A Seleção Pernambucana de Judô Master não para de crescer. A turma, ligada aos tatames desde cedo, trabalha para que cresçam, também, as conquistas. A equipe começou com apenas um atleta. Hoje já são nove no grupo.

Sérgio Nagai participava sozinho das competições da categoria Master desde 2004. Mas, em novembro passado, quando disputou o Brasileiro, teve a companhia de outros cinco atletas.

“Não tinha ninguém na torcida. Hoje em dia, a gente vai com um grupo, um torcendo, um ajudando o outro”, conta o judoca.

Dar aulas de judô todos os dias é a rotina do professor Marcílio Moraes (foto). As técnicas que adquiriu numa vida dedicada ao esporte, ele emprega agora para formar novos atletas.

“A gente acorda cinco horas da manhã pra fazer musculação, depois pega no trabalho pesado e depois tem o judô à noite”, diz Marcílio.

Cada um com afazeres e alunos pra treinar. Mal sobra tempo para que eles mesmos pratiquem. “A família já tá um pouco acostumada com essa ausência nossa em casa, né?”, conta Nagai.

O sacrifício já rendeu os primeiros resultados. Em novembro, Sérgio foi campeão brasileiro, em São Paulo. Marcílio Moraes e Wagner Andrade voltaram com medalhas de bronze. 

Além dos resultados individuais, a equipe somou pontos suficientes para conquistar também o terceiro lugar no geral. O que garantiu ao estado de Pernambuco uma participação no Sulamericano e no Panamericano deste ano. 

Em maio deste ano tem o Mundial do Egito e os judocas querem participar. Mas ainda falta um detalhe: “A única coisa que atrapalha a gente é o patrocínio, que a gente não tem ainda”.

Tudo é na base do sacrifício, mas eles seguem em frente. Com o desejo de aumentar a equipe e ir cada vez mais longe. 

“Passa a fase do infantil, juvenil, sênior e a turma pensa que o judô acabou. Mas não acabou e ali tem uma fase a partir de 30 no pré-master, que a gente tem condições, e a gente aqui em Pernambuco tem condições de ser a melhor equipe do Brasil do judô”, diz o judoca Marcílio Moraes.

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