Fonte: Portal do Judô
Budista, técnico da seleção masculina faz da serenidade sua principal característica
- O que, às vezes, me assusta é aquela vontade de o lutador em bater mais no adversário, mesmo depois de o oponente estar desfalecido, ou cheio de sangue – comenta Shinoraha, desde 2002 à frente da seleção.
Apesar da certa aversão à modalidade de luta que mais cresce no planeta, Luiz acredita ser proveitoso o fato de o Brasil ser conhecido pelo bom trabalho em outras lutas que não são olímpicas.
- O que parece é que o mundo todo gosta destas lutas. Não tenho nada contra quem gosta. Mas, sem dúvida nenhuma, não é um esporte que eu recomendaria ao meu filho – diz.
Com seu estilo zen, Luiz é completamente diferente da treinadora da seleção feminina, Rosicleia Campos, que não para um minuto quando está comandando as pupilas durante os treinos e competições. Shinohara é bem menos extravagante e faz o gênero de mestre nipônico, cuja característica principal é a serenidade.
- Eu e a Rosicleia temos características diferentes, talvez eu precise de um pouco mais da agitação dela. Mas, acredito que uma boa orientação, na hora certa, também pode fazer a diferença – analisa. “Para a prática do judô, seguir a cultura japonesa é fundamental”. A expressão, de autoria do Mestre, também é muito utilizada no seu dia a dia na beira do tatame para orientar seus atletas ou dentro de casa, com sua família.
- Procuro não passar pessimismo, nervosismo ou afobação para os atletas. Tento sempre me manter calmo para poder transmitir segurança e orientá-los de uma maneira segura – avisa Shinohara.
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