Coordenador técnico aposta em pelo menos uma final olímpica no feminino
Por Raphael AndrioloRio de Janeiro - globoespoorte.com
Pela primeira vez, o Brasil chegará aos Jogos como uma das principais forças mundiais no judô. A histórica classificação de atletas em todas as categorias de peso no masculino e no feminino, além das lideranças de Mayra Aguiar e Leandro Guilheiro no ranking mundial, deixou a comissão técnica da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) otimista e confiante em um desempenho igualmente satisfatório em Londres. Como parte de um plano de metas traçado com base em resultados recentes, a entidade acredita que o país pode voltar com pelo menos quatro medalhas das Olimpíadas.
O primeiro objetivo era classificar os 14 atletas nas 14 categorias de peso. O segundo e terceiro pontos serão postos à prova na capital britânica: conquistar quatro medalhas, sendo uma de ouro, e alcançar pelo menos uma final no feminino.
As estatísticas nos levaram a estes números. Podem não ser atingidos ou serem atingidos com louvor, mas estamos sendo bem pé no chão. Fechamos esse número em abril deste ano. É a primeira vez que vamos sair daqui com a certeza que a equipe feminina vai voltar com uma medalha das Olimpíadas – disse Ney Wilson, coordenador técnico da seleção, durante um workshop realizado no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.
Se a meta for alcançada, o judô brasileiro terá seu melhor desempenho em Olimpíadas. Até o momento, os Jogos de Los Angeles, em 1984, apresentaram os melhores resultados. Na ocasião, a seleção comandada pelo treinador Massao Shinohara terminou a disputa com três medalhas: Douglas Vieira faturou a prata enquanto Luis Onmura e Walter Carmona ganharam bronze. Na época, o judô feminino ainda não era disputado.
Em Pequim, o país repetiu o número de três medalhas ganhas, mas todas foram de bronze. Tiago Camilo e Leandro Guilheiro foram ao pódio no masculino, e Ketleyn Quadros tornou-se a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha em um esporte individual nos Jogos.
Este ano, o Brasil foi o único país, ao lado de França e Japão, a classificar atletas em todas as faixas de peso através apenas do ranking olímpico, sem precisar recorrer às cotas continentais.
- O judô brasileiro não volta de Londres sem um pódio olímpico. É um compromisso. Podem me cobrar – garantiu o presidente da CBJ, Paulo Wanderley.
Na próxima semana, de 3 a 6 de julho, os 14 judocas que defenderão o Brasil nas Olimpíadas treinarão no Rio de Janeiro. No dia 16, todos embarcam para Londres. Na competição, o país terá 10 cabeças de chave.
A seleção olímpica completa:
Masculino
-60kg: Felipe Kitadai
-66kg: Leandro Cunha
-73kg: Bruno Mendonça
-81kg: Leandro Guilheiro - (1º no ranking)
-90kg: Tiago Camilo
-100kg: Luciano Correa
+100kg: Rafael Silva
Feminino
-48kg: Sarah Menezes
-52kg: Erika Miranda
-57kg: Rafaela Silva
-63kg: Mariana Silva
-70kg: Maria Portela
-78kg: Mayra Aguiar - (1º no ranking)
+78kg: Maria Suelen Altheman
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