Mestre é o quarto árbitro do Brasil a participar de uma Olimpíada
Por Gustavo Novaes Leitão
RIO - AHE!
Com atletas classificados em todas as 14 categorias de peso dos Jogos Olímpicos de Londres, o judô brasileiro também terá um representante na arbitragem da competição. Edson Minakawa, mestre 6° dan, será o quarto árbitro brasileiro a participar de uma edição das Olimpíadas.
Eleito melhor árbitro do mundo em 2009, Edson iniciou sua carreira em 1982 incentivado pelo pai, o mestre Hiroshi Minakawa. A ideia era seguir no judô mesmo após encerrar sua trajetória como competidor. Ele afirma que, em um primeiro momento, apenas "obedeceu" o pai, mas com o tempo entendeu melhor as razões pelas quais foi orientado a ser juiz.
Essa será a primeira Olimpíada de Edson Minakawa. O primeiro árbitro brasileiro a participar dos Jogos foi Shigueto Yamazaki, seguido por Shiguero Yamazaki e Emanuel Mattar.
- Como judoca cheguei a disputar campeonatos brasileiros, não mais do que isso. Como árbitro estou chegando aonde, como competidor, não cheguei - disse o árbitro.
Enquanto se prepara para o momento mais importante dos seus 30 anos de carreira como árbitro, Edson comemora a evolução do judô brasileiro, tanto nas competições quanto na arbitragem. Ele destaca que o país tem hoje dez árbitros em condições de participar de uma Olimpíada.
- Nessa última década a formação de novos árbitros e a entrada no quadro internacional foi muito grande. O judô sempre precisou de um técnico, hoje ainda temos preparador físico, nutricionista, e a arbitragem está fazendo parte de tudo isso. É muito bacana saber que, no contexto geral, a arbitragem está sendo valorizada, porque também faz parte da competição. O atleta precisa ter a compreensão do que é permitido, o que pode ser feito - explicou.
Em Londres, enquanto os judocas lutam por uma medalha olímpica, Edson Minakawa sonha participar de uma final. No entanto, para que isso aconteça, um judoca brasileiro terá que ficar de fora da briga pelo ouro, já que um árbitro não pode participar de uma luta com um atleta de seu país.
- Esse é o duro da história - finalizou Minakawa.
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