por FS & AI FGJ
E Mayra Aguiar está fazendo escola na Sogipa, clube que treina em Porto Alegre. Inspirando uma nova safra de judocas, a atual campeã mundial sub-20 e única brasileira a ter chegado a uma final do Mundial sênior, Mayra – do alto de seus 19 anos – já pode apontar uma sucessora: Manoela Braga.
Em 2010, Manoela já surpreendeu e começou a confirmar a condição de grande promessa do judô gaúcho. Com apenas 14 anos, superou atletas mais experientes e sagrou-se campeã brasileira sub-20 no fim da temporada. Meses antes, ela tinha conquistado o título da Copa Revelação, sendo eleita a melhor competidora do evento, além de ter ajudado a Oi/Sogipa na campanha do bi do Grand Prix Nacional. Agora, no início de 2011, outra façanha: classificação para a Seleção Brasileira adulta.
No último final de semana, durante seletiva em São Paulo, Manoela mais uma vez a força de seu judô ao garantir uma das vagas para a segunda fase da seletiva Londres-2012. Mas ela já está confirmada para a Copa do Mundo de São Paulo e o Grand Slam do Brasil – ambos eventos que valem pontos para o ranking mundial, que define a equipe olímpica do País.
“Quem acompanha a Manoela há tempos não se surpreende com os atuais resultados”, avisa o treinador dela na Sogipa e diretor técnico da Federação Gaúcha de Judô (FGJ), Antônio Carlos Pereira, o Kiko.
“Ela uma das nossas principais apostas para o futuro e, mantendo a rotina de trabalho, tem tudo para sonhar mais alto ainda neste ano.”
Mas apesar da expectativa em cima dela, Manoela ainda não tinha noção de onde estava chegando. Só um dia depois da vitória sobre a carioca Barbara Timo, que garantiu a vaga na Seleção, que ela se deu conta.
“Só agora a ficha começou a cair. Tenho muita vergonha de dar entrevistas, mas certamente é mais fácil do que lutar”, brinca.
Manoela creditou ao ambiente vencedor de onde treina à sua chegada à equipe principal do Brasil.
“Eu me inspiro muito na Mayra Aguiar e no João Derly, que são meus amigos antes de serem meus ídolos”, disse.
E, além da dupla campeã mundial, citou Taciana Lima – outra colega de clube e, agora, de Seleção.
“Ela é como se fosse a minha mãe. Sempre me passa conselhos e incentiva para treinar que nem eles.”
E esse conjunto que foi responsável por seu triunfo em São Paulo.
“Foi me inspirando neles que eu venci”.
Agora, ela já vislumbra o horizonte, querendo, claro, mais coincidências com Mayra Aguiar, que com 15 anos, conquistou uma medalha no Pan do Rio, em 2007:
“É o que eu espero”.
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