terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Brasil viaja com 12 judocas para torneio só com melhores do mundo

Do R7



Tiago Camilo, um dos principais nomes do judô brasileiro no mundo. Harry How/20.7.2007/Getty Images
A equipe brasileira de judô embarca no domingo (8) para Almaty, Cazaquistão, onde disputa uma das mais importantes competições da modalidade, nos dias 14 e 15: o IJF Masters, torneio anual aberto apenas aos 16 atletas mais bem colocados no ranking mundial em cada uma das 14 categorias olímpicas. O Brasil terá representante em 12 dos 14 pesos em disputa, num total de 14 judocas.
Ney Wilson, coordenador técnico da CBJ (Confederação Brasileira de Judô) observa que, além de ser uma das competições mais fortes do mundo – porque apenas os melhores competem -, também é uma das melhores para se conquistar pontos para o ranking mundial (que também vale para o ranqueamento olímpico – que definirá as vagas para Londres).
- Uma vitória na primeira rodada já garante 80 pontos, quase o mesmo do que o vencedor de uma etapa de Copa do Mundo, que precisa lutar cinco vezes para ser campeão.
Depois de Olimpíadas e Mundiais, o Masters é a competição que mais vale pontos no ranking: são 400 pontos ao campeão, 240 para o vice, 160 para os medalhas de bronze e 80 para o quinto colocado.
De 14 categorias, Brasil estará em 12
Os representantes do Brasil: Felipe Kitadai (60 kg/16º colocado no ranking), Leandro Cunha (66 kg/7º), Bruno Mendonça(73 kg/14º), Tiago Camilo (81 kg/4º), Hugo Pessanha (90 kg/10º), Luciano Correa (100 kg, 17º), Rafael Silva (+100 kg/6º), Daniel Hernandes (+100 kg/10º), Sarah Menezes (48 kg/3ª), Erika Miranda (52 kg/6ª), Rafaela Silva (57 kg/7ª), Mariana Silva (63 kg/16ª), Mayra Aguiar (78 kg/4ª), Maria Suelen Altheman (+78 kg/10ª).
O meio-pesado Luciano Correa foi convocado pela desistência do russo Tagir Khaibulaev, quinto do ranking; Leandro Gulheiro, vice-lider do ranking dos meio-médios, não compete porque matematicamente os pontos em disputa não influenciarão na definição de sua vaga para os Jogos Olímpicos.
Já são poucos os eventos válidos para a classificação olímpica, explica Ney Wilson, e “agora é um jogo de xadrez na busca por pontos que levem a Londres”.
Valor de pontos diminui

Pelo ranking da FIJ (Federação Internacional de Judô), estabelecido na temporada de 2009-2010 (de maio a abril), os pontos vão tendo seu valor reduzido até o fechamento da lista, em 30 de abril de 2012.

Os pontos de 2010-2011 valerão 50% do total e entre maio de 2011 até abril de 2012 os pontos serão 100% computados.
Valem pontos para o ranking: Mundiais, Masters (Top 16), Grand Slam, Grand Prix e Copa do Mundo.?
Atualmente são 22 do Brasil

O Brasil tem, até agora, 22 judocas dentro do critério de classificação para os Jogos Olímpicos de Londres – de 27 de julho a 11 de agosto -, distribuídos em 13 categorias.

Maria Portela (70 kg), 20ª colocada no ranking, garantiria seu lugar em Londres através do sistema de cota continental.
Após esta atualização no ranking, apenas Brasil, França, Japão e Coréia do Sul, além da Inglaterra, país sede dos Jogos, têm representantes em todas as 14 categorias olímpicas.
A Rede Record mostrará a Olimpíada de Londres 2012 com exclusividade na TV aberta brasileira, e também pela internet, por meio do R7. A Record detém ainda os direitos de transmissão dos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015 e da Olimpíada do Rio de Janeiro 2016.

Corte Arbitral do Esporte define: CPJ é a entidade máxima do judô pan-americano

Por Assessoria de Imprensa CBJ
imagemDepois de quase três anos de espera, a Corte Arbitral do Esporte (CAS), decidiu, por unanimidade nesta quinta-feira, dia 22, que a Confederação Pan-Americana de Judô é a representante do continente perante à Federação Internacional de Judô (FIJ).
Em 2010 a CPJ passou a ser a entidade continental representante do judô das Américas. Inconformada, a União Pan-Americana de Judô (UPJ) recorreu ao CAS. O órgão entendeu que a UPJ não tinha razão e que o ato de filiação da CPJ à FIJ foi correto e dentro do previsto pela legislação suíça, uma vez que a FIJ está sediada em Lausanne, na Suíça, e sendo aplicável ao caso à lei daquele país.

A decisão foi tomada em um processo no qual a UPJ alegava que FIJ havia sido constituída de forma irregular e que a filiação da CPJ como entidade continental não possuía fundamento legal, o que foi rechaçado pelo CAS.

O anuncio desta quinta-feira apenas corrobora o ato da FIJ, confirmando que a CPJ é de fato e de direito a representante continental do judô. Por sua vez, a UPJ, ao não ter filiação à FIJ, não integra o sistema oficial da modalidade reconhecido pelo COI, devendo seus atletas, entidades, árbitros e dirigentes migrar para o sistema oficial ao longo dos próximos meses.

"Este processo retardou o desenvolvimento da CPJ. Preferi não me manifestar oficialmente sobre esta situação, que se arrasta desde a criação da CPJ, em janeiro de 2009. Durante estes três anos, houve sempre a sombra da questão legal e isto impedia o trabalho. Esta decisão, inapelável por parte do CAS, nos coloca no direito de receber repasse dos organismos internacionais. Agora vamos desenvolver o trabalho da forma como sempre pretendemos", diz o presidente da Confederação Pan-Americana de Judô, Paulo Wanderley Teixeira, que ressalta o motivo de não ter aceitado o repasse financeiro durante estes anos. "Não aceitava por questões administrativas, já que, isto poderia ser usado contra a entidade num processo futuro".

Para o presidente da Federação Internacional de Judô, Marius Vizer, o decisão do CAS foi uma grande notícia.

"Acredito que seja uma ótima notícia e um encerramento bastante positivo para um ano de muito trabalho", afirma Vizer.