quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Japão tem dia de seca no Mundial de Judô; França vence 1º ouro


A francesa Gevrise Emane venceu a japonesa Yoshie Ueno nesta quinta e conquistou o ouro na categoria até 63 kg; este é o primeiro título mundial da  .... Foto: Reuters
Gevrise Emane conquista o primeiro ouro francês no Mundial de Judô
Foto: Reuters



ALLAN FARINA - Terra

Direto de Paris (França)

O Mundial de Judô chegou a seu terceiro dia nesta quinta-feira e, pela primeira vez, o hino do Japão não foi escutado no Palais Omnisports de Bercy, em Paris. Soberanos na competição, os atletas do país asiático tiveram uma prata como melhor resultado. Já os franceses celebraram o ouro pela primeira vez no torneio e puderam cantar a Marselhesa, o hino francês, em uníssono no ginásio.
O título da casa foi obtido por Gevrise Emane, descendente de camaroneses que levantou a torcida da casa em uma difícil final contra a japonesa Yoshie Ueno, líder do ranking - o ouro veio somente na decisão (unânime) dos juízes.
A outra medalha dourada desta quinta foi obtida pelo sul-coreano Jae-Bum Kim, que superou o montenegrino Srdjan Mrvaljevic, algoz de Leandro Guilheiro, e garantiu o bicampeonato mundial.
O Japão segue líder do quadro de medalhas, com cinco ouros, quatro pratas e um bronze. A França assumiu o segundo lugar (um ouro, um bronze e um quinto lugar), enquanto a Coreia do Sul aparece em terceiro. O Brasil caiu para a quinta colocação.
Brasil iguala Tóquio
Para os brasileiros, a quinta-feira significou nova medalha, desta vez um bronze com Leandro Guilheiro (-81 kg). Nos dias anteriores, Sarah Menezes (-60 kg) também ficou com o terceiro lugar, e Leandro Cunha (-66 kg) e Rafaela Silva (-57 kg) levaram a prata. Com apenas três dias, o País igualou o número de pódios conquistados no Mundial de Tóquio, em 2010, quando foram obtidos três pratas e um bronze.
Para esta sexta-feira, quarto dia de competição e penúltimo do torneio individual - no último dia haverá competição por equipe -, o Brasil terá novos favoritos no tatame de Paris. Mayra Aguiar, atual vice-campeã mundial da categoria até 78 kg, tenta sua segunda final consecutiva. Outros atletas a competir serão Maria Portela (-70 kg), Tiago Camilo e Hugo Pessanha (-90 kg).
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Japan has days of drought at the World Judo, France wins 1st gold
The World Judo reached its third day on Thursday and for the first time, the anthem of Japan was not heard at the PalaisOmnisports de Bercy in Paris. Sovereigns in the competition, athletes in the Asian country had a silver for best results. The French celebrated the first gold in the tournament and could singthe Marseillaise, the French national anthem in unison at the gym.
The title of the house was obtained by Gevrise Emane, a descendant of Cameroon that raised the home fans in a toughfinal against Japan's Yoshie Ueno, leader of the ranking - theonly gold came in the decision (unanimous) of the judges.
The other gold medal was taken by the fifth of South Korea Jae-Bum Kim, who overcame Montenegro Srdjan MrvaljevicLeandro Guilheiro executioner, and secured the world championship.
Japan follows the leader of the medals table with five golds, foursilvers and one bronze. France took second place (one gold,one bronze and a fifth place), while South Korea ranked third.Brazil fell to fifth place.
Brazil equals Tokyo
For the Brazilians, Thursday meant new medal, this time abronze with Leandro Guilheiro (-81 kg). In the days before SarahMenezes (-60 kg) also took third place, and Leandro Cunha (-66kg) and Rafaela Silva (-57 kg) took the silver. With only three days, the country equaled the number of podiums in the Worldwon in Tokyo in 2010, when they were obtained three silvers andone bronze.
For this Friday, the 4th and penultimate day of competition of theindividual tournament - the last days there will be team competition - Brazil will have new favorites on the mat in Paris. Mayra Aguiar, now vice-champion of the category to 78 kgseeking their second consecutive final. Other athletes willcompete Maria Portela (-70 kg), Hugo Pessanha and Tiago Camilo (-90 kg).

Do lado de fora do tatame, treinadora da Seleção "luta" e se emociona



Técnica se emociona e chora com conquistas do judô

ALLAN FARINA - Terra
Direto de Paris
As lutas das meninas do Brasil no Mundial de Judô de Paris sempre apresentam um atrativo extra. Enquanto as atletas brigam pela vitória no tatame, do lado de fora a treinadora Rosicleia Campos luta junto, apoiando suas judocas com orientações, gritos e até mesmo se contorcendo para "ajudar" que os golpes sejam concluídos.
"Menino, eu luto junto. Eu saio suada, exausta. Quando termina uma competição eu tenho que tomar relaxante muscular que praticamente luto junto. Se pudesse eu entrava junto para dar uma forcinha. Às vezes quando o golpe está indo eu vou me torcendo para dar aquela forcinha para realmente finalizar", relata a treinadora.
"É muito importante ter alguém para incentivar. Quando a gente está ali nas lutas e se cansa, é muito bom ver alguém que te vê caído no chão e te dando força para te levantar", destaca Rafaela Silva, prata na categoria até 57 kg.
Comandante da Seleção feminina desde 2005, Rosicleia é uma das responsáveis pela evolução apresentada pelas judocas do Brasil. De lá para cá, o País viu sua primeira medalha olímpica (bronze de Ketleyn Quadros em Pequim) e a primeira final em um Mundial da modalidade, que resultou na prata de Mayra Aguiar em 2010. Na edição de Paris, já são uma prata e um bronze entre as mulheres.
"Eu sempre fico emocionada por isso. Eu fico muito feliz. Sabe quando você tem um projeto de vida? Esse é o meu", comemora Rosicleia, que disputou os Jogos Olímpicos de Barcelona e Atlanta como atleta da categoria até 66 kg.
"Não faço nada mais ou menos, faço tudo 100% e não aceito menos do que isso de quem está a meu lado. Vou exigir até a última gota delas, vocês podem ter certeza de que é o meu compromisso com vocês", diz Rosicleia.
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Outside the mat, coach of the "struggle" and is moved
The struggles of the girls from Brazil in the World Judo Paris always have an extra attractive. While athletes fight for victory on the mat, outside the coach Rosicléia Campos fight together, supporting their judo with directions, screaming and writhing even to "help" that coups are completed. 
"Boy, I struggle with. I leave sweaty, exhausted. When you finish a race I have to take a muscle relaxant that practically mourning together. If I could I went together to a forcinha. Sometimes when I'm going to blow me hoping forcinha give that to really end, "says the coach. 
"It is very important to have someone to encourage. When we are there in the struggles and gets tired, it's great to see someone who sees you lying on the ground and giving you strength to get up," said Rafaela Silva, silver in the category up to 57 kg 
Commander of the women's team since 2005, is one of the Rosicler responsible for evolution presented by judoka of Brazil.Since then, the country saw its first Olympic medal (bronze in Beijing Ketleyn tables) and the first final in a World mode, which resulted in silver Mayra Aguiar in 2010. In the Paris edition, already a silver and a bronze in women. 
"I'm always so excited. I'm very happy. You know when you have a life plan? This is my" celebrates Rosicler, who won the Olympic Games in Barcelona and Atlanta as an athlete up to 66 kg category. 
"I do nothing more or less, I do everything 100% and do not accept less than that of who is at my side. I will require every last drop them, you can be sure that is my commitment to you," says Rosicléia .