terça-feira, 24 de abril de 2012

Pesquisa no tatame

Prática de judô exige igualmente três diferentes sistemas metabólicos do organismo do atleta, revela estudo de pesquisadores brasileiros. Descoberta pode mudar rotina de treinamento de praticantes da modalidade.


Por: Célio Yano - Instituto Ciência Hoje


Pesquisa no tatame
O judô, ao contrário do que se pensava, é um esporte que utiliza três sistemas metabólicos diferentes ao mesmo tempo. (foto: Sesi-SP – CC BY-NC-ND 2.0)
O preparo físico de atletas de judô pode estar sendo feito há cerca de 30 anos com base em um princípio parcialmente equivocado, revela um estudo realizado por pesquisadores da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (USP).
A pesquisa, publicada recentemente no periódico on-line Journal of Visualized Experiments, investigou de que forma o organismo dos judocas libera a energia necessária para a realização dos movimentos exigidos na arte marcial.
A conclusão foi de que o esporte de origem japonesa demanda energia de três diferentes sistemas metabólicos. Até agora acreditava-se que a modalidade dependia majoritariamente de apenas um deles.
Até agora acreditava-se que o judô dependia majoritariamente de apenas um dos três sistemas metabólicos do organismo
O organismo dispõe de três sistemas de conversão de nutrientes em energia. Atividades como corrida ou ciclismo, que representam períodos longos de exercício moderado, dependem do metabolismo aeróbico, que utiliza oxigênio para transformar glicose em energia, água e gás carbônico.
Em exercícios mais curtos e intensos, como salto e musculação, a glicose é quebrada sem a necessidade de oxigênio e gera como subproduto ácido lático – são chamados, por isso, de anaeróbicos láticos ou glicolíticos.
Já para demandas muito rápidas de energia, os músculos se valem de outro tipo de sistema anaeróbico, o chamado alático, que usa fosfagênio como fonte energética em vez de moléculas de glicose.
“Na literatura especializada, encontramos referências desde a década de 1980 que afirmam que o judô é um esporte essencialmente lático”, diz o doutor em educação física Emerson Franchini, coordenador do estudo. “Embora haja um nível elevado de participação desse sistema, os outros dois são igualmente importantes.”
Segundo Franchini, que coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas em Lutas, Artes Marciais e Modalidades de Combate da USP, o conhecimento sobre a contribuição energética de cada um dos sistemas é fundamental para a organização de treinos e para o desenvolvimento de estratégias de suplementação alimentar, por exemplo.
 

Equipamento portátil

Os sistemas metabólicos utilizados em exercícios cíclicos como caminhada, corrida ou ciclismo são facilmente mensuráveis. No laboratório, é possível monitorar a composição gasosa da respiração de um atleta enquanto ele executa os movimentos e, após a conclusão da atividade, medir o nível de açúcar e outros compostos no sangue.
Artes marciais em geral e esportes em equipe, como futebol, não podem ser reproduzidos em laboratório, já que os movimentos utilizados são imprevisíveis e dependem das ações dos parceiros ou oponentes. Por isso, explica Franchini, essas modalidades têm recebido muito menos atenção de pesquisadores.
Para estudar os sistemas metabólicos utilizados durante a prática do judô, além de trabalhar com exames de sangue antes e depois da luta, o grupo da USP lançou mão de um equipamento portátil que analisa os gases liberados na respiração do atleta durante o combate.
Judô
Atletas lutam enquanto o equipamento, que pesa cerca de 800 gramas, monitora os gases liberados na respiração de um deles. A identidade dos voluntários é mantida em sigilo. (foto: Emerson Franchini)
Franchini explica que o aparelho usado para medir os gases não atrapalha a realização de qualquer tipo de movimento pelo atleta. “Como funciona por telemetria, não precisa de cabos que o conectem a um computador para a coleta dos dados.” O dispositivo pesa cerca de 800 gramas, o que equivale a menos de 1% do peso dos judocas.
O aparelho usado para medir os gases não atrapalha a realização de qualquer tipo de movimento pelo atleta
Os experimentos envolveram 12 judocas profissionais de São Paulo, todos faixa marrom ou preta, e foram realizados em um ambiente típico de treinamento. Assim como em pesquisas com voluntários na área de saúde, a identidade dos participantes do estudo é mantida em sigilo.
Em um primeiro momento, os atletas realizaram três diferentes técnicas de projeção durante cinco minutos, sendo que cada projeção era realizada a cada 15 minutos. Em outro teste, os judocas trabalharam na maior intensidade possível, derrubando o adversário o mais rápido que conseguiam.
O coordenador do estudo explica que o método utilizado em atletas de judô pode ser adaptado para outros esportes de difícil análise. O próprio grupo da USP já fez experimentos com modalidades como escalada indoor e remo.
Além de pesquisador e professor na USP, Franchini é faixa preta em judô e preparador físico de atletas de nível internacional, como os medalhistas olímpicos Leandro Guilheiro e Thiago Camilo. Segundo ele, a rotina de treino desses atletas já tem incorporado o conhecimento sobre os sistemas metabólicos envolvidos nos exercícios.

Família de judocas de Manaus (AM) sonha com as Olimpíadas de 2016


Pai de 11 filhos desenvolve projeto social em meio a comunidade de palafitas. Filosofia, união e trabalho são as palavras de ordem.


Uma família de Manaus dá exemplo de vida. É uma família apaixonada pelo judô. Pais, filhos e netos sonham com os Jogos Olímpicos do Rio de 2016.

Estudar, trabalhar e treinar é o lema do professor Antônio Barbosa de judô e filosofia. E, por que não de inclusão social?

Antônio é o pai do projeto “Construindo Cidadania” , que ensina judô e jiu-jítsu a 90 crianças carentes. A história começou a ser erguida com as paredes de um prédio verde 13 anos atrás, no bairro de Cachoeirinha.

No fundo fica uma comunidade de palafitas, onde moram pessoas carentes de recursos, mas premiadas com uma idéia: Associação Barbosa de Lutas Esportivas, literalmente uma grande família. Antônio também é pai de 11 judocas. São cinco filhos adotados e seis biológicos. “Já surgiram tantos campeões”, orgulha-se o pai.

Quase todos os filhos são medalhistas, mas a jóia da família é Rafaela, a grande revelação. “A Rafaela Barbosa é uma iluminada”, diz Antônio.

Campeã sulamericana, ouro nas olimpíadas universitárias, bicampeã das olimpíadas escolares, uma garota fantástica, admirável. “Eu me determino a ser melhor, eu treino para ser melhor e, consequentemente, quando coloco na minha cabeça que vou ser melhor, eu sou melhor”, conta a atleta Rafaela Barbosa.

Essencialmente de borracha, o tatame é feito para absorver as quedas, mas nunca foi só isso. Tem um grande valor sentimental para o projeto. O pedaço de borracha já foi muito útil.

A fase mais difícil da família, Rafaela e os irmãos dormiam no tatame. Quando a gente mudou para a cá, a gente comprou um tatame. Foi nosso local de treinamento, nossa cama, nosso conforto, nosso local de distração, nosso lazer. A gente fez do tatame a nossa casa”, diz Rafaela.

E o tatame ainda era levado para competições. “A gente ia para as competições de Kombi, então ia todo mundo espremidinho. A gente apelidou até de marmita”, conta a atleta. A marmitinha sempre voltava lotada de medalhas. “O nosso sonho, o nosso foco são as Olimpíadas de 2016”, afirma o pai Antônio Barbosa.

Até lá dá para ir filosofando. E o tatame parece que foi feito mesmo para sonhar.

Fonte: Agência de Notícias Jornal Floripa

Liga Mineira de Judô divulga convite para 1ª etapa do Mineiro


PRIMEIRA ETAPA DO CAMPEONATO
MINEIRO DE JUDÔ 2012
 
Petiz: nascidos em 2006 e 2007 -
Mirim: nascidos em 2004 e 2005
Infantil: nascidos em 2002 e 2003 -
Infanto-Juvenil: nascidos em 2000 e 2001
Pré-Juvenil: nascidos em 1998 e 1999 -
Juvenil: nascidos em 1996, 1997.
Juniores nascidos de 1995, 1994, 1993.
Seniores nascidos em 1992 e anteriores.
Master – 1977 e anteriores.

01. LocalEstrela do Oeste Clube - Centro Campestre Rua Rosenvald Hudson De Oliveira, S/N – Chácara Bela Vista, Divinópolis - MG

02. Data: 19 de Maio de 2012
3. Programação:
A partir de 09:00 hs. – Inicio da cerimônia de abertura
A partir de 09:30 hs. – Sênior e Petiz
A partir de 10:30 hs Junior, Máster e Mirim
A partir de 11:30 hs – Infantil
A partir de 13:00 - Infanto Juvenil
A partir de 14:00 – Pré juvenil
A partir de 15:00 – Juvenil
   
4. Inscrições:
·         As inscrições serão aceitas até o dia 17 de Maio (quinta-feira), de acordo com AGO de 2008 votada pelos clubes e ratificada em 2012. Na Sexta feira dia 18 a taxa de participação será cobrada em dobro e inscrições no sábado, resultam em perdas de quaisquer benefícios para os professores também de acordo com a votação da AGO.
·         De acordo com AGO de fevereiro de 2011, ratificada em 2012 as inscrições dos clubes deverão vir acompanhadas da taxa de arbitragem no valor de R$ 100,00 (CEM REAIS). A taxa será devolvida no final da competição aos clubes que cumprirem o regulamento técnico elaborado pelos responsáveis técnicos.
·         As inscrições deverão ser feitas em formulário próprio preenchido a máquina ou letra de forma, contendo o nome legível do atleta, ano de nascimento e o peso em Kg, obedecendo às classes e categorias de peso. Chamamos atenção para as inscrições feitas a mão. Será de responsabilidade exclusiva do clube e responsável técnico a inegibilidade constantes na mesma. Neste caso o atleta ou atletas não serão inscritos.
·         As inscrições do torneio por equipe deverão ser feitas em formulário especifico que segue em anexo com este convite.
·         SOLICITAMOS NOVAMENTE QUE AS INSCRIÇÕES SIGAM A SEGUINTE ORDEM:
1.      CLASSE DO ATLETA;
2.      SEGUIR A ORDEM DE CATEGORIA DE PESO DENTRO DE CADA CLASSE;
·         Endereços para inscrições: Av. Flavio dos Santos, 419 – Floresta – CEP 31015-150 - BH - MG - Fax: (031) 3481-2961 – ou pelo e-mail: galileupaolo@yahoo.com.br
·         Será livre o número de atletas inscritos nas categorias de cada classe, conforme o Regulamento Técnico.
·         Não haverá prorrogação dos prazos estabelecidos e não serão aceitas inscrições ou alterações por telefone.

5. Taxas de participação por Atleta: R$ 30,00 (trinta reais). O atleta que por ventura inscrever-se em mais de uma categoria deverá recolher a taxa de cada uma delas.
6. Congresso Técnico: Será realizado pelo programa BUSHIKAI em computador.
7. Pesagem: De acordo com o REGULAMENTO TÉCNICO 2011(letra B) só serão pesados os quatro semifinalistas no momento da competição. Favor ler com atenção o texto.
8. Identificação: Todos os atletas filiados à L.M.J. deverão ter em mãos na hora da competição,seus “Nikki”, a caderneta de identificação da LMJ. Os demais atletas as carteiras das respectivas Ligas, incluindo os atletas das classes “Mirim, Infantil e Infanto-Juvenil”.
9. Classes a serem disputadas:
A - Das classes Petiz, Mirim, Infantil, serão feitas sobre sistema de chaves, obedecendo ao Regulamento Técnico vigente, com um mínimo de duas lutas para cada participante.
·       Serão realizadas chaves com o máximo de 08 (oito) competidores. Os perdedores da primeira fase farão mais uma luta entre si. Não haverá repescagem, classificação nem pódium. Todos receberão medalhas especiais e iguais alusivas à L.M.J.
·        Será conferida pontuação a partir da classe Infanto-Juvenil, inclusive.
B - Das classes Infanto-Juvenil, Pré-Juvenil, Juvenil e Júnior, Sênior e Máster (masculino e feminino): Serão disputadas pelo sistema de Eliminatória Simples sem Repescagem. O sistema de apuração dos classificados em primeiro, segundo e dois terceiros, a partir de quatro atletas será o seguinte:
Campeão – O atleta vencedor da luta final
Vice Campeão – O atleta vencido na luta final
Terceiros colocados – Os atletas perdedores do campeão e vice-campeão
Somente haverá GOLD SCORE na luta final.
C – Com três atletas será obedecido o sistema de rodízio simples.
D – Com dois atletas será realizada uma melhor de três combates.
Se houver dois ou mais atletas em uma categoria e por qualquer motivo seus adversários não compareçam ele será declarado campeão e seus clube receberá a pontuação referente a sua classificação. Para os atletas ausentes não haverá pontuação. Para ter direito a esta pontuação o atleta deverá estar presente até a premiação.
O atleta que não tiver adversário deverá ser chamado e receber a vitória dentro do shiai-jo.O (a) atleta menor de 18 anos poderá mudar de classe desde que autorizado pelo Pai ou Responsável e pelo Responsável Técnico.
E - As técnicas de Kansetsu-Waza e Shime-Waza só serão válidas a partir da classe Juvenil masculino e feminino.

10. Tempo de luta:
a.      Petiz: 1,00 minuto.
b.      Mirim, Infantil: 02 minutos.
c.       Infanto-Juvenil e Pré-Juvenil: 03 minutos
d.      Juvenil, Júnior e Sênior : 04 minutos.
e.       Máster (35 anos em diante) – 03 minutos
f.       Super-Master Acima de 40 anos – 02 minutos – Nesta classe haverá divisão de 5 em 5 anos.
Qualquer competidor das classes Infanto Juvenil à Sênior terá entre os intervalos de suas lutas, um descanso de 05 (cinco) minutos no mínimo.
11. Alimentação: Será de responsabilidade de cada Clube. .
12. Atendimento Médico: Será de responsabilidade de cada Clube. Haverá um atendimento de plantão para prestar os primeiros socorros.
13. Transporte: Será de responsabilidade de cada Clube.
14. Premiação: Serão premiados todos os participantes do Festival Petiz, Mirim e Infantil. Na classe Infanto-juvenil os quatro primeiros subirão no podium e os outros atletas receberão medalhas idênticas. Nas demais classes serão premiadas com medalhas todos os atletas classificados em 1º, 2º e terceiros colocados de cada categoria.  Os atletas classificados que desejarem obter seu Certificado poderão solicitá-lo no momento da competição. Taxa do Certificado: R$ 10,00 (dez reais).
Aos classificados nas demais classes, serão conferidas medalhas de 1º, 2º, 3º e 3º lugares, conforme classificação na competição.
15. Contagem Geral:
            Será declarado “Clube Vencedor” da competição, o clube que obtiver maior número de medalhas de ouro.
            Em caso de empate o critério de desempate será de acordo com a decisão do regulamento técnico de 2012.
16Arbitragem:
A. Serão obedecidas as regras da LMJ/WJF/FIJ do corrente ano.
B. Cada Associação deverá indicar um árbitro e dois mesários para trabalharem no   evento, que deverão ser relacionados na ficha de inscrição.
C. Os árbitros deverão se apresentar ao Diretor de Arbitragem meia hora antes do início do evento.
D. Os árbitros deverão estar uniformizados conforme decisão tomada no Curso de Arbitragem
17. Higiene:
            Todos os atletas deverão se apresentar com o Judogi limpo, emblema de sua associação, devendo ainda apresentar com o mínimo de higiene pessoal. Atleta sem sandálias não poderá competir.

18Considerações finais:
Os casos omissos a este regulamento serão resolvidos pela comissão organizadora.

Comissão organizadora:
Presidente:                           Prof. Galileu José de Paiva Filho
Vice-Presidente:                   Prof. Márcio Nobuharu Iwafune
Diretor de Marketing:           Prof. Cristiano Gonçalves Araujo
Diretor e Financeiro:            Prof. Adriano Gonzaga
Diretor de Arbitragem:         Prof. Fabio Tavares Fagundes
Diretor Administrativo          Professor Jamil Andre Motawh Cardoso

Belo Horizonte, 23 de Abril de 2012.


Galileu Paolo Paiva
  Diretor Técnico