terça-feira, 21 de junho de 2011

Copa do Mundo de Judô terá entrada livre em São Paulo

O excelente desempenho da delegação brasileira no Grand Slam do Rio de Janeiro mostrou a importância do "fator casa" também no judô. Por isso, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) anunciou nesta terça-feira que a etapa de São Paulo da Copa do Mundo da categoria, neste final de semana, terá ingressos gratuitos.

As entradas para a competição, que será realizada no Ginásio do Ibirapuera, começarão a ser distribuídas na quinta-feira, das 9h às 12h, na bilheteria da Rua Manoel da Nóbrega. No sábado e domingo, dias do evento, também haverá distribuição de convites, das 8h às 17h, com cada torcedor podendo retirar dois ingressos. Em ambos os dias a fase classificação começa às 9h e a fase final às 16h.

Sediando pela segunda vez uma etapa da Copa do Mundo de Judô, São Paulo receberá atletas de 45 países, numa expectativa de 305 competidores, de acordo com a Federação Internacional de Judô. Por ser país sede, o Brasil poderá inscrever quatro atletas por categoria. Apenas em três pesos femininos o País não usará toda sua cota: até 48 kg, até 78 kg (três judocas cada) e +78 kg (duas brasileiras). Nos demais, força máxima.

Maria Portela, bronze na categoria até 70 kg no Grand Slam do Rio, espera um desempenho ainda melhor em São Paulo. "Praticamente terei pela frente as mesmas adversárias que tive no Grand Slam do Rio e estou trabalhando para chegar na medalha de ouro. Como passei quatro anos morando em São Paulo fiz muitos amigos e conto com a torcida deles."

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Judo World Cup will have free entry to Sao Paulo

The excellent performance of the Brazilian delegation at the GrandSlam of Rio de Janeiro showed the importance of "home factor" also in judo. Therefore, the Brazilian Judo Confederation (CBJ)announced on Tuesday that the stage of St. Paul of the World Cupcategory, this weekend, will have free tickets.

Entries for the competition, which will be held at Ibirapuera Gymnasium, will begin to be distributed on Thursday, from 9am to 12pm, at the box office on Rua Manoel da Nobrega. On Saturday and Sunday, day of the event, there will also be distributinginvitations, from 8h to 17h, with every fan can take two tickets. On both days the classification phase starts at 9am and the finals at 16h.

The second time hosting a stage of World Cup Judo athletesreceive São Paulo from 45 countries, an expectation of 305competitors, according to the International Judo Federation. Beingthe host country, Brazil may enter four athletes per category. Only three female weights throughout the country will not use his share: up to 48 kg to 78 kg (three judo players each) and +78 kg (two in Brazil). In the other, the maximum force.

Maria Portela, bronze in 70 kg category to the Grand Slam of Rio,one expects even better performance in Sao Paulo. "Pretty much I have to go I had the same opponents in the Rio Grand Slam and I'm working to get the gold medal. How I spent four years living in Sao Paulo made ​​many friends with the crowd and tell them."

Melhor árbitro de judô do mundo, brasileiro anseia por Londres-2012


Por Adriano Albuquerque - SPORTV


Edson Minakawa rejeita 'paranoia' com erros, elogia alto nível da arbitragem nacional e conta como sua função entra na sua relação com a filha judoca


Edson Minakawa, árbitro de judô (Foto: Daniel Zappe/Fotocom.net)
Minakawa lidera o ranking de árbitros da FIJ desde
o Mundial de 2009 (Foto: Daniel Zappe/Fotocom.net)
Neste fim de semana, no Grand Slam de Judô do Rio de Janeiro, enquanto os judocas competiam por pontos no ranking olímpico, outro brasileiro buscava no tatame uma vaga nos Jogos Olímpicos, mesmo sem quimono. Era o paulista Edson Minakawa, considerado o melhor árbitro do mundo em 2009 e "pole position" para representar o Brasil na arbitragem em Londres-2012. Assim como acontece com os judocas, os árbitros são avaliados a cada evento pela Federação Internacional de Judô desde 2009 e os melhores ao final do ciclo olímpico vão para os Jogos.
Após o Mundial de Roterdã de 2009, a FIJ lançou a classificação e colocou Minakawa no topo da lista, o que, segundo o próprio, causou certa "ciumeira" entre os árbitros europeus. Desde então, o ranking não é mais divulgado, mas os juízes seguem sob observação. No Mundial de Paris, em agosto, seis árbitros irão representar as Américas e, no ano que vem, os cinco melhores da zona pan-americana vão aos Jogos.


Apesar da constante observação por parte da FIJ, o sempre sereno Minakawa garante que não se preocupa com possíveis erros que possam prejudicar sua colocação na briga por participação na Olimpíada.


- Já passei algumas competições com essa paranoia, mas é que nem como acontece com o próprio lutador, que não pode ficar se preocupando em levar queda, senão se desconcentra. No fundo, (um erro) não vai mudar nada - explica.


Se for de fato convocado, Minakawa irá à sua primeira Olimpíada, aos 52 anos. Mesmo tão bem conceituado, o paulista ressalta a qualidade da arbitragem nacional e demonstra um pouco de ansiedade pelo convite.


- Se o Brasil tiver oportunidade, podem ir até dois árbitros. Vai sempre ter alguém se sobressaindo. Hoje em dia, há quase uma profissionalização dos árbitros no país, e tudo se deve ao valor que nossos dirigentes dão à arbitragem. O mais importante agora é esperar sair a publicação e levar passo a passo.


A 'Dinastia Minakawa'


Além de ser árbitro, Minakawa está construindo uma dinastia de judô em sua família. Seu pai, Hirosi, foi mestre de judô e professor da Hebraica, onde Edson leciona e treina novas gerações há 33 anos. Sua filha, Camila, está na seleção brasileira e competiu no Grand Slam do Rio, onde foi derrotada pela compatriota Mariana Silva em sua segunda luta, na categoria até 63kg.


O árbitro conseguiu ver apenas parte da primeira luta, contra a mexicana Karina Acosta, aproveitando que estava deixando o tatame numa troca de arbitragem. Minakawa estava atuando durante o combate com Mariana Silva, mas foi consolar a filha depois.


- É muito emocionante. Eu reparei que ela sofreu um arranhão durante a primeira luta e fui fazer um cafuné, os amigos depois brincaram comigo por causa disso - conta, aos risos.


Fora do dojô, entretanto, a relação tem seus momentos quentes, como acontece entre qualquer pai e filha. Porém, neste caso, esses momentos se devem mais às discussões sobre erros e acertos de árbitros.


- O atleta tem uma visão de atleta. O árbitro sempre é o malvado da história. Eu sempre mostro a ela o lado do árbitro, mas ela é atleta, sempre tem essa visão. Quando eu era judoca, também não gostava de alguns árbitros e achava que alguns deles me perseguiam, mas tem que ter uma postura correta - explica o árbitro.


Apesar disso, Minakawa garante que cobra também dos juízes quando atua como técnico, pela Hebraica e Mackenzie. Às vezes, porém, precisa colocá-los na linha, já que é tratado muitas vezes como ídolo pela nova geração.


- Existem momentos em que tenho que dizer, "Me veja como técnico, não como árbitro". Muitos deles são mais novos e vêm me perguntar como estão indo, que conselhos tenho para dar - diz Minakawa.


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Best referee in the world of judo, Brazilian longs for London 2012


This weekend, the Grand Slam Judo Rio de Janeiro, while the judoka competed for Olympic ranking points, another Brazilian sought a seat on the mat in the Olympics, even without kimono.Paulo Edson Minakawa was considered the best referee in the world in 2009 and "pole position" to represent Brazil in the arbitration in London in 2012. As with the judo athletes, referees are assessed at each event by the International Judo Federation since 2009 and the best end of the cycle to go to the Olympic Games.


After the World Cup in Rotterdam in 2009, the IFJ launched Minakawa classification and placed high on the list, which, in itself, caused some "jealousy" between the European referees. Since then, the ranking is no longer published, but the justices under observation. World in Paris in August, six referees will represent the Americas, and next year, the five best in the area go to the Pan American Games.


Despite the constant observation by the IFJ, the ever-serene Minakawa ensures that does not worry about errors, which may affect your placement in the fight for participation in the Olympics.


- I spent a few competitions with this paranoia, but is that not as with the fighter himself, who can not be bothering to take the fall, but to distraction. Basically, (an error) will not change anything - says.


If it is actually called, will Minakawa his first Olympics at age 52.Even so well thought out, the São Paulo underscores the quality of national arbitration and shows a bit of anxiety for the invitation.


- If Brazil have the opportunity, up to two referees. Will always have someone stand out. Today, almost a professionalization of the referees in the country, and everything is due to the value that our leaders give to arbitration. The important thing now is to wait for the publication and carry out step by step.


A 'Dynasty Minakawa'


In addition to being an arbitrator, Minakawa is building a dynasty of judo in your family. His father, Hirose, was a judo master and teacher of Hebrew, where Edson teaches and trains new generations for 33 years. His daughter, Camilla, is on the Brazilian national team and competed in the Grand Slam of Rio, where he was defeated by compatriot Mariana Silva in his second fight in the category up to 63kg.


The referee could see only part of the first fight, against Mexican Karina Acosta, who was taking advantage of leaving the mat in an exchange of arbitration. Minakawa was acting during the battle with Mariana Silva, but was comforted after his daughter.


- It's very exciting. I noticed that she suffered a scratch during the first fight and went to a caress, then friends joked with me about it - says, laughing.Outside the dojo, however, the relationship has its hot moments, as any between father and daughter. However, in this case, these moments should be more discussions on the successes and failures of referees.


- The athlete has a vision of an athlete. The referee is always the evil of history. I always show her side of the referee, but she is an athlete, you always have this view. When I was a judoka, hated the thought that some judges and some of them chasing me, but must have a correct posture - says the referee.


Nevertheless, Minakawa also ensures that charges the judges when acting as manager for the Hebrew and Mackenzie.Sometimes, however, needs to put them in line, since it is often treated as an idol by the new generation.


- There are times when I have to say, "See me as a coach, not as an arbitrator." Many of them are newer and come ask me how they are going, you have to give advice - says Minakawa.