segunda-feira, 14 de março de 2011

O judô se confunde com Toninho Rizzardo


Por Rafaela Gonçalves
Colaboração para o BOM DIA

Impossível não associar a modalidade esportiva com a figura de Toninho; ele foi um dos pioneiros na cidade



Professor lembra das dificuldades que passou, mas não se arrepende de nadaProfessor lembra das dificuldades que passou, mas não se arrepende de nada (Foto: Gilson Hanashiro / Agência BOM DIA)

Foi aos 14 anos que Antônio Rizzardo conheceu o judô, uma modalidade que, segundo ele, mudou sua vida. Antes disso,  ele sonhava em ser jogador de futebol, assim como os demais garotos de sua idade.
O início no judô, entretanto, não foi fácil. De família humilde, Toninho, como mais tarde ficou conhecido,  não tinha dinheiro para comprar o quimono. Então, o jeito foi improvisar com um saco de estopa. “Eu pegava os sacos de batata das feiras livres para transformá-los em quimono.”
Dia após dia, ele  foi superando os obstáculos sempre com o desejo de seguir treinando e até competir.  “Quando tinha luta fora de Sorocaba,  pegava carona e muitas vezes tinha de  dormir no tatame gelado, pois não tinha dinheiro para pagar hotel”, recorda. “Era difícil, mas ao mesmo tempo muito prazeroso”, acrescenta.
Apesar dos  anos dedicados ao esporte, Toninho não possui muitos títulos no currículo. A explicação é simples: na época em que ele competia, poucos campeonatos eram realizados. “O judô ainda não era  conhecido no Brasil, por isso não tinha muitas competições que pudéssemos participar”, justifica. “Mais importante que os títulos foram as oportunidades que eu ganhei.”
A dedicação ao esporte hoje trouxe frutos a Toninho Rizzardo. Atualmente, além de ser professor de judô, ele coordena diversos projetos sociais de cunho esportivo voltado às crianças carentes. “Meu objetivo não é formar campeões, é formar gente”, afirma.
Aos 65 anos, Toninho diz que pelas suas mãos já passaram vários atletas de destaque nacional e até mesmo internacional. Entretanto, não são desses lutadores que ele mais se orgulha. “Minha maior alegria é poder tirar a criançada da rua e apresentar a elas o esporte, dando oportunidade de uma vida melhor”, conta. “Hoje vejo alguns dos meus alunos dando aulas de judô, vivendo disso e isso me dá uma alegria enorme, pois sei que eles se dedicaram, estudaram e hoje têm uma perspectiva de vida.”
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Judo is confused with Tom Rizzardo



Impossible not to associate the sport with the figure of Toninho, he was a pioneer in the city



I
t was the 14 years that Anthony Rizzardo knew judo, a sport that he says changed his life. Before that, he dreamed of being a football player, like other boys his age. 

Starting in judo, however, was not easy. From humble family, Tom, as he later became known, had no money to buy the kimono. Then the solution was to improvise with a burlap sack. "I grabbed the bags of potato fairs to turn it into kimono." 

Day after day, he was always overcoming obstacles with the desire to follow up training and competing. "When I was fighting off Sorocaba, hitch-hiking and often had to sleep on the mat frozen because they had no money to pay for a hotel," he recalls. "It was hard, but at the same time very enjoyable," he adds. 

Despite the years dedicated to the sport, Tom does not have many titles in the curriculum. The explanation is simple: by the time he competed, few championships were held. "Judo was not yet known in Brazil, so he had many competitions that we participate," justified. "More important than the titles were the opportunities that I won." 

The dedication to the sport paid off today to Tom Rizzardo. Currently, besides being a teacher of judo, he coordinates several social projects directed nature sports to children. "My goal is not to create champions, is to train people," he says. 

At 65, Tom said that already went through his hands several top athletes nationally and even internationally. However, there are these guys that he is most proud. "My greatest joy is to get kids off the street and show them the sport, giving opportunity for a better life," he says. "Today I see some of my student teaching judo, living it and it gives me a tremendous joy, because I know that they were dedicated, studied and now have a perspective on life."

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