terça-feira, 24 de abril de 2012

Família de judocas de Manaus (AM) sonha com as Olimpíadas de 2016


Pai de 11 filhos desenvolve projeto social em meio a comunidade de palafitas. Filosofia, união e trabalho são as palavras de ordem.


Uma família de Manaus dá exemplo de vida. É uma família apaixonada pelo judô. Pais, filhos e netos sonham com os Jogos Olímpicos do Rio de 2016.

Estudar, trabalhar e treinar é o lema do professor Antônio Barbosa de judô e filosofia. E, por que não de inclusão social?

Antônio é o pai do projeto “Construindo Cidadania” , que ensina judô e jiu-jítsu a 90 crianças carentes. A história começou a ser erguida com as paredes de um prédio verde 13 anos atrás, no bairro de Cachoeirinha.

No fundo fica uma comunidade de palafitas, onde moram pessoas carentes de recursos, mas premiadas com uma idéia: Associação Barbosa de Lutas Esportivas, literalmente uma grande família. Antônio também é pai de 11 judocas. São cinco filhos adotados e seis biológicos. “Já surgiram tantos campeões”, orgulha-se o pai.

Quase todos os filhos são medalhistas, mas a jóia da família é Rafaela, a grande revelação. “A Rafaela Barbosa é uma iluminada”, diz Antônio.

Campeã sulamericana, ouro nas olimpíadas universitárias, bicampeã das olimpíadas escolares, uma garota fantástica, admirável. “Eu me determino a ser melhor, eu treino para ser melhor e, consequentemente, quando coloco na minha cabeça que vou ser melhor, eu sou melhor”, conta a atleta Rafaela Barbosa.

Essencialmente de borracha, o tatame é feito para absorver as quedas, mas nunca foi só isso. Tem um grande valor sentimental para o projeto. O pedaço de borracha já foi muito útil.

A fase mais difícil da família, Rafaela e os irmãos dormiam no tatame. Quando a gente mudou para a cá, a gente comprou um tatame. Foi nosso local de treinamento, nossa cama, nosso conforto, nosso local de distração, nosso lazer. A gente fez do tatame a nossa casa”, diz Rafaela.

E o tatame ainda era levado para competições. “A gente ia para as competições de Kombi, então ia todo mundo espremidinho. A gente apelidou até de marmita”, conta a atleta. A marmitinha sempre voltava lotada de medalhas. “O nosso sonho, o nosso foco são as Olimpíadas de 2016”, afirma o pai Antônio Barbosa.

Até lá dá para ir filosofando. E o tatame parece que foi feito mesmo para sonhar.

Fonte: Agência de Notícias Jornal Floripa

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